Tesoureiro do Estado Islâmico morto em ataque dos EUA - TVI

Tesoureiro do Estado Islâmico morto em ataque dos EUA

Estado Islâmico

Abu Saleh foi morto juntamente com dois associados no âmbito da campanha da coligação internacional para destruir a infraestrutura financeira do grupo jihadista

Um ataque aéreo da coligação liderada pelos EUA provocou, em novembro, a morte do responsável pelas finanças do Estado Islâmico no Iraque e de outros dois altos responsáveis jihadistas. A informação foi divulgada, esta sexta-feira, por um porta-voz militar norte-americano.

Abu Saleh, cujo nome verdadeiro é Muwaffaq Mustafa Muhammad al-Karmush, era um "dos mais antigos e experientes membros" do sistema financeiro do grupo, disse o coronel Steve Warren, numa videoconferência a partir de Bagdad.

"Abu Saleh é o terceiro membro do núcleo financeiro do Estado Islâmico que matámos recentemente", indicou o porta-voz militar, citado pela CNN.

"Matá-los esgota o conhecimento e o talento necessários para coordenar o financiamento dentro da organização", disse Steve Warren.


O coronel acrescentou que os outros dois altos responsáveis do Estado Islâmico que foram mortos trabalhavam na angariação de fundos. Um era responsável pela "extorsão" de fundos junto da população civil e o outro coordenava "as transferências de informações, pessoas e de armamento.”

O enviado da administração norte-americana para coordenar a campanha contra o Estado Islâmico, Brett McGurk, também confirmou, através do Twitter, a morte de Abu Saleh, que descreveu como o "ministro das Finanças" do grupo radical sunita.

Numa mensagem na rede social, Brett McGurk indicou que Abu Saleh foi morto "no âmbito de uma ação da coligação para destruir a estrutura financeira do Estado Islâmico".
 
 
Em Londres, o subsecretário do Tesouro dos Estados Unidos para crimes de terrorismo e financeiros disse que o financiamento do Estado Islâmico deriva de atividade económica feita no território que controla.

Os fundos são provenientes da venda de petróleo no mercado negro, no saque a bancos no Iraque e na Síria e através da extorsão.

Mas, para o autodenominado califado do Estado Islâmico funcionar, o grupo precisa de fontes estáveis e renováveis de financiamento e de acesso ao sistema financeiro internacional para movimentar dinheiro, explicou o governante norte-americano.

"Estamos a tentar atacar a capacidade do grupo Estado Islâmico de gerar receita e a sua capacidade de usar a receita", afirmou.

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