Biden é hoje empossado numa Washington deserta e fortemente vigiada - TVI

Biden é hoje empossado numa Washington deserta e fortemente vigiada

  • .
  • JGR
  • 20 jan 2021, 07:23
Preparativos para a tomada de posse de Joe Biden

Trump será o primeiro Presidente desde Andrew Jackson, em 1869, a recusar comparecer ao juramento do seu sucessor

Joe Biden toma posse esta quarta-feira como Presidente dos EUA, numa Washington deserta, por causa da pandemia, e invadida por 25 mil soldados, por causa da segurança.

Os habitantes de Washington foram convidados a ficar em casa e a acompanhar virtualmente a cerimónia de tomada de posse de Joe Biden como 46.º Presidente dos EUA, para não correrem riscos sanitários, por causa da pandemia de covid-19, ou de segurança, lembrando ainda o ataque ao Capitólio, no passado dia 06.

Quem já prometeu que não ficará sequer em Washington é o Presidente cessante, Donald Trump, que assistirá à cerimónia a partir do seu clube em Mar-a-Lago, na Florida, rompendo com a tradição de estar presente na transferência de poderes.

A todos os que me perguntaram, não comparecerei à cerimónia de tomada de posse em 20 de janeiro”, escreveu Trump numa das últimas mensagens que conseguiu deixar na sua conta pessoal da rede social Twitter, antes de esta o ter banido por tempo indeterminado.

Trump será o primeiro Presidente desde Andrew Jackson, em 1869, a recusar comparecer ao juramento do seu sucessor.

A tradição diz que o Presidente cessante e a primeira-dama dão as boas-vindas ao novo casal presidencial na manhã da cerimónia de investidura, antes de todos se deslocarem desde a Casa Branca até ao Capitólio.

O Governo cessante estará representando pelo seu vice, Mike Pence, que já telefonou à sua sucessora, Kamala Harris, dando-lhe os parabéns pela vitória nas eleições de 03 de novembro, ao contrário do que Trump fez com Biden.

Para além das questões de segurança, que obrigaram à convocação de um enorme efetivo da Guarda Nacional, a tomada de posse fica marcado pela pandemia de covid-19, que já tinha dominado a campanha eleitoral e que agora obriga a medidas de restrição no protocolo da cerimónia.

Sem público a assistir presencialmente, o evento passa para o registo virtual, acompanhado por um programa televisivo que será transmitindo em direto e em simultâneo por vários canais televisivos, conduzido pelo ator Tom Hanks e em que a cantora Lady Gaga entoará o hino nacional e o momento musical fica a cargo da latina Jennifez Lopez

Logo a seguir ao juramento, Biden deverá ir colocar uma coroa de flores no túmulo do soldado desconhecido, no cemitério nacional de Arlington, ao lado dos seus três antecessores, que estarão presentes em todos os momentos da tomada de posse: Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama.

No regresso do cemitério, a procissão presidencial parará a algumas centenas de metros da Casa Branca e Joe Biden poderá caminhar até à sua nova residência.

O novo Presidente poderá então anunciar as suas primeiras decisões presidenciais, das quais foi dando já alguns sinais, nomeadamente anunciando que deverá usar alguns decretos para dar um primeiro impulso ao seu programa político.

Presidente iraniano saúda "fim" da era do "tirano" Trump

O Presidente iraniano, Hassan Rohani, saudou hoje o "fim" da era do "tirano" Donald Trump, Presidente cessante dos Estados Unidos, que cumpre o último dia na Casa Branca.

A era de outro tirano está a chegar ao fim e hoje é o último dia do seu terrível reinado", disse Rohani.

 

Ao longo dos seus quatro anos só trouxe injustiça e corrupção e só trouxe problemas ao seu próprio povo e ao resto do mundo", disse o Presidente iraniano, num discurso televisivo.

Teerão e Washington romperam as relações diplomáticas em 1980.

Em 2018, Trump retirou unilateralmente os Estados Unidos do acordo internacional sobre o programa nuclear iraniano alcançado em Viena em 2015, reinstalando as sanções norte-americanas que o pacto tinha levantado em troca de uma limitação drástica do controverso programa atómico da República Islâmica.

O regresso das sanções mergulhou o Irão numa violenta recessão e, em resposta à saída dos Estados Unidos do acordo de Viena, Teerão libertou-se, desde 2019, da maioria dos seus principais compromissos assumidos em Viena.

Continue a ler esta notícia