Está a chegar janeiro, tempo de mercado e de definições para muitos jogadores. Em especial aqueles que terminam contrato, livres a partir do início do ano para negociar com outros clubes e para sair a custo zero no verão. A lista de jogadores que acabam contrato em 2019 é um luxo e começa com nomes bem relevantes entre os chamados «grandes» portugueses.
FC Porto
O campeão FC Porto é quem tem mais casos em mãos. Desde logo o capitão Hector Herrera, mais o argelino Yacine Brahimi, dois jogadores nucleares da equipa, ambos ainda sem acordo para a renovação e ambos com potencial de mercado. Portanto, são vários nesta altura os cenários para o futuro dos dois jogadores.
Situações diferentes as de dois veteranos do plantel portista. Iker Casillas também termina contrato, ele que renovou no defeso por mais um ano, estando em aberto se isso voltará a acontecer. Maxi Pereira é outro jogador que renovou por um ano e termina agora.
Há ainda Adrián Lopez, cujo vínculo de cinco anos com os «dragões» chega agora ao fim. O espanhol nunca foi aposta de primeira linha e admitiu recentemente que a renovação nem foi abordada. A lista no que diz respeito ao dragão completa-se ainda com Hernâni, que tem sido pouco utilizado por Sérgio Conceição mas acaba de ser decisivo, ao entrar em campo e marcar nos descontos o golo da vitória sobre o Boavista para a Liga, e com o guarda-redes Fabiano, utilizado até agora apenas na Taça de Portugal.
Benfica
O Benfica tem três jogadores em fim de contrato. Toto Salvio, com uma ligação de quase sete anos ao clube, está nessa situação e, embora decorram as negociações para a renovação do argentino, ela ainda não aconteceu. Há além disso Jonas, que no verão passado acabou por ficar por mais uma época no final de um longo processo de negociações que se prolongou até agosto. Aos 34 anos, o goleador das últimas épocas, que ficou muito tempo afastado das opções de Rui Vitória mas está de volta, já com seis golos marcados esta temporada, deve estar a cumprir o seu último ano na Luz. O terceiro jogador a terminar contrato na Luz é Andreas Samaris. O grego já esteve perto da saída no defeso e tem sido pouco utilizado esta época.
Sporting
Fredy Montero está a terminar o contrato com o Sporting nesta segunda passagem por Alvalade. Regressado em janeiro, o colombiano de 31 anos, que leva esta época três golos em 14 jogos já admitiu que é o último ano no clube, mas deixou ainda o futuro em aberto. Depois há Romain Salin, que começou a época como primeira opção na baliza mas perdeu o lugar para Renan Ribeiro. E por fim Luc Castaignos, um caso de inadaptação a Alvalade que, tudo indica, estará a chegar ao fim. O holandês chegou em 2016, pelo meio esteve cedido ao Vitesse e ao todo tem menos de 500 minutos de jogo pelos «leões».
Muitos casos em aberto, muitos mais olhando para o panorama global. Este será seguramente um ano agitado, tendo em conta a qualidade e estatuto de muitos dos jogadores que ficarão livres a partir de junho.
O Manchester United é um caso paradigmático, com muitos casos por resolver. Fora da lista parece estar já David De Gea. O guarda-redes espanhol terminava contrato este ano, mas poucos dias depois de José Mourinho ter dito que todas as partes defendiam a continuidade de De Gea, a imprensa inglesa noticiou que o Manchester United acionou a cláusula de renovação por mais um ano. Ainda não é no entanto oficial.
Manchester United sem mãos a medir e a Premier League agitada
Mas há muito mais. Ainda no Manchester United, há Anthony Martial com contrato a terminar e ainda sem acordo para a continuidade, embora no caso do francês tenha igualmente sido noticiada a possibilidade de ser acionada a opção por mais um ano. O que se aplica a outros casos de jogadores em fim de contrato em Old Trafford, como Phil Jones, Chris Smalling, Matteo Darmian e Antonio Valencia, mas não a todos. Juan Mata, Ander Herrera e Ashley Young também estão à beira do fim do vínculo.
Para continuar apenas na Premier League, a lista de jogadores livres em junho, sem pretender ser exaustiva, inclui nomes como os de David Luiz, Cesc Fabregas, Olivier Giroud e Gary Cahill, no Chelsea, Aaron Ramsey, Danny Welbeck, Nacho Monreal, Stephan Lichsteiner e Petr Cech, no Arsenal, ou o capitão Vincent Kompany e o ex-portista Eliaquim Mangala no Manchester City. Ainda os centrais Toby Alderweireld e Jan Vertonghen, mais o seu compatriota Moussa Dembelé e o espanhol Fernando Llorente no Tottenham, e Daniel Sturridge, Alberto Moreno e James Milner no Liverpool, além de Lazar Markovic, bem conhecido do futebol português.
De Godín a El Haddadi, mais história a chegar ao fim em Munique e Paris
A tendência, que se acentua obviamente na faixa de jogadores acima dos 30 anos, prolonga-se nas grandes Ligas da Europa. Em Espanha há, por exemplo, Diego Godín. O caso também não foi muito claro, depois de ter chegado a ser noticiada a renovação do uruguaio, mas ele próprio diz que não aconteceu. O estrangeiro com mais jogos na história do At. Madrid, figura central da equipa na era Diego Simeone, mantém portanto o futuro em aberto. Tal como, continuando no At. Madrid, Filipe Luís e Juanfran.
Uma exceção à regra é Munir El Haddadi. Promessa do Barcelona, 23 anos mas em fim de contrato e ainda sem acordo de renovação à vista. Os catalães têm de resto o belga Thomas Vermaelen à beira do fim do vínculo, tal como outro jovem, Sergi Samper.
Na Bundesliga é tempo de fim de uma era no Bayern Munique, com o final do contrato e o adeus anunciado de dois históricos: Arjen Robben e Franck Ribéry. E há ainda Rafinha em final de contrato com os bávaros. Seguindo para França, o PSG também tem uns quantos nomes de peso para juntar à lista. Tem Dani Alves, tem o veteraníssimo Gianluigi Buffon e ainda o jovem Adrien Rabiot, mais o guarda-redes Areola. Há também Mario Balotelli, no Nice, Rafael da Silva, no Lyon, ou Ben Arfa, no Rennes. Em Itália é o Milan quem tem mais jogadores à beira do fim, com os veteranos Abate, Zapata e Montolivo, além de Bertolacci.
Portugueses lá fora, com a defesa no centro
Olhando para os jogadores portugueses lá fora, há vários internacionais também em fim de contrato, seguindo a tendência de jogadores veteranos que assinam contratos mais curtos. Estão nessas circunstâncias vários defesas-centrais, como Pepe (Besiktas), Bruno Alves (Parma), Rolando (Marselha), Luís Neto (Zenit) ou Miguel Vítor (Hapoel Beer-Sheva). Mas também o médio Manuel Fernandes, no Lokomotiv Moscovo.
Esta não pretende ser mais que uma seleção de jogadores que irão dar que falar a partir de janeiro. A amostra não deixa muitas dúvidas de que 2019 promete.