Presidente vai demitir governo da Guiné-Bissau - TVI

Presidente vai demitir governo da Guiné-Bissau

José Mário Vaz

Dissolução do governo é novamente a solução do presidente José Mário Vaz para resolver o impasse governativo. A crise política já dura desde agosto do ano passado

Sai o primeiro-ministro, Baciro Dja e o presidente José Mário Vaz promete anunciar um novo chefe do governo guineense dentro em breve.

A notícia avançada pela agência de informação Reuters dá conta que a demissão do governo faz parte de um plano político, com o qual José Mário Vaz pretende pôr cobro ao impasse governativo existente no país africano de língua portuguesa, membro da CPLP.

Baciro Dja tornou-se primeiro-ministro em maio. Pretendia-se assim pôr termo às tensões e bloqueamento das instituições que existiam desde as últimas eleições, em agosto do ano passado. Sucede que, tal como antes acontecera, Dja não conseguiu congregar o apoio do seu partido, o histórico PAIGC.

Vou dissolver o governo e nomear, sem demora, um novo primeiro-ministro que deverá formar um governo inclusivo", afirmou esta segunda-feira, o presidente José Mário Vaz.

Novo titular "nas próximas horas"

Após o anúncio do fim do governo, o presidente guineense não respondeu quando será nomeado o novo titular. Ainda assim, uma fonte presidencial contatada pela agência francesa de informação AFP, afirmou que tal deverá ocorrer "nas próximas horas".

Baciro Djá tomara posse em maio. Em agosto do ano passado, o presidente José Mário Vaz afastara da chefia do governo o líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira.

Discordâncias dentro do próprio PAIGC mantiveram, contudo, o impasse, levando à necessidade de negociações intermediadas pelo governo da vizinha Guiné-Conacry. Em que estiveram em debate a oposição entre o presidente e 15 deputados do seu partido.

Este acordo não produziu uma escolha unânime e consensual sobre a escolha do primeiro-ministro, o que obriga como chefe de Estado e guardião da Constituição a assumir as minhas responsabilidades", afirmou o presidente esta segunda-feira, em Bissau, segundo as agências de informação internacionais.

Em outubro, surgiram novas divergências com o vice-presidente do PAIGC, Carlos Correia, que fora apontado como primeiro-ministro, mas cujo elenco governativo não agradou ao presidente.   

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