O chefe da polícia da Catalunha saiu da Audiência Nacional em Madrid sem que o tribunal tenha pedido qualquer medida cautelar, ficando em liberdade depois de ser ouvido na qualidade de investigado num delito de sedição (revolta) numa manifestação popular contra a Guardia Civil.
Josep Lluís Trapero, que é uma das quatro pessoas que está a ser investigada neste caso de assédio à Guardia Civil numa operação de 20 de setembro, abandonou o tribunal no meio de aplausos de alguns separatistas presentes e também assobios de outras pessoas.
Segundo fontes judiciais citadas pela agência espanhola EFE, o procurador não pediu a prisão nem qualquer outra medida cautelar para o chefe dos Mossos d’Esquadra (polícia regional catalã) depois de estar cerca de uma hora perante uma juíza.
Puigdemont atrasa ida ao parlamento
O chefe do governo da Catalunha, Carles Puigdemont, pediu para comparecer no parlamento regional na terça-feira, 10 de outubro, atrasando em um dia as explicações à assembleia sobre os passos que conta dar depois do referendo de autodeterminação.
Fontes parlamentares do parlamento regional, citadas pela agência espanhola Efe, indicaram que Puigdemont pediu a deslocação para explicar “a situação política atual”, o que substitui a comparecência pedida anteriormente para segunda-feira, 9 de outubro, que foi invalidada pelo Tribunal Constitucional.
O tribunal espanhol tomou esta decisão na quinta-feira, depois de um recurso apresentado pelo Partido Socialista da Catalunha (PSC), por desconfiar da possibilidade de Puigdemont se estar a preparar para validar os resultados do referendo de autodeterminação e declarar a independência da Catalunha.