Venezuela: UE reclama libertação "imediata" de chefe de gabinete de Guaidó - TVI

Venezuela: UE reclama libertação "imediata" de chefe de gabinete de Guaidó

  • CE
  • 21 mar 2019, 18:48

Bruxelas disse ainda que “a imunidade dos membros da Assembleia Nacional deve ser respeitada em todas as circunstâncias”

A União Europeia reclamou, esta quinta-feira, a libertação “imediata e incondicional” do chefe de gabinete do autoproclamado Presidente da Venezuela, Juan Guaidó, atribuindo às “autoridades relevantes” a responsabilidade pela sua segurança e integridade.

Num comunicado divulgado ao início da noite em Bruxelas, o Serviço Europeu de Ação Externa aponta que as forças de segurança venezuelana detiveram, esta quinta-feira, Roberto Marrero e forçaram a entrada na residência de Sérgio Vergara, membro da Assembleia Nacional do Estado de Táchira, “desrespeitando a sua imunidade parlamentar”.

A União Europeia apela a que o sr. Marrero seja libertado imediatamente e incondicionalmente, e responsabiliza as autoridades relevantes pela sua segurança e integridade”, prossegue o comunicado do corpo diplomático da UE, vincando que “a imunidade dos membros da Assembleia Nacional deve ser respeitada em todas as circunstâncias”.

A concluir, a UE adverte que “tais ações minam os esforços da comunidade internacional para ajudar a promover uma solução pacífica e democrática para a crise na Venezuela”.

As forças de segurança venezuelanas detiveram hoje de manhã em Caracas o chefe de gabinete do líder opositor Juan Guaidó durante buscas em sua casa, anunciou Sérgio Vergara, deputado da oposição, cuja residência fica nas proximidades e que também foi alvo de buscas.

Marrero e Vergara acompanharam Guaidó numa viagem recente a países da América Latina para aumentar o apoio internacional aos seus esforços para remover Nicolas Maduro da Presidência venezuelana.

Os Estados Unidos e cerca de 50 países da comunidade internacional, incluindo Portugal, reconheceram o opositor e presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, como Presidente interino da Venezuela, negando a legitimidade do governo liderado pelo Presidente Nicolás Maduro.

Na Venezuela, a confrontação entre as duas fações tem tido repercussões políticas, económicas e humanitárias.

No país residem cerca de 300.000 portugueses ou lusodescendentes.

Os mais recentes dados das Nações Unidas estimam que o número atual de refugiados e migrantes da Venezuela em todo o mundo se situa nos 3,4 milhões.

Só no ano passado, em média, cerca de 5.000 pessoas terão deixado diariamente a Venezuela para procurar proteção ou melhores condições de vida.

Continue a ler esta notícia