Juan Pablo Escobar, filho do narcotraficante mais famoso da história, é a favor da legalização das drogas e acredita que a solução do problema passa mais por “se declarar a paz às drogas do que a guerra”.
Enquanto o mundo não mudar a forma de enfrentar o problema [da droga], tem que se preparar para ter mais Pablos Escobar, com uma capacidade económica e militar desmedida, que lhes permitirá desafiar qualquer democracia”, disse em entrevista à agência Lusa o filho do narcotraficante que liderou o comércio mundial de droga a partir de Medellin, na Colômbia, durante os anos 80.
Juan Pablo Escobar, que está em Lisboa para promover o segundo livro que escreveu sobre o progenitor: “Pablo Escobar, o que o meu pai nunca me contou”, disse também, na entrevista à Lusa, que o processo de reconciliação na Colômbia prossegue a um ritmo muito “lento” porque os colombianos pensam há décadas “que tudo tem que se resolver como no velho oeste: aos tiros”.
Nós, colombianos, não temos uma cultura de reconciliação. Lamentavelmente, há décadas que pensamos que tudo tem que se resolver como no velho oeste, aos tiros”, afirmou.
Sobre a série de televisão “Narcos”, inspirada na história do pai, Juan Pablo Escobar diz que não reconhece a personagem principal e lamenta que a Netflix tenha criado um “superman”, glorificando uma atividade criminosa.
Quem vê a série “Narcos”, que já vai na segunda temporada, fica sem “ideia de que quem foi Pablo Escobar”, defendeu.
Juan Pablo Escobar mudou o nome para Sebastian Marroquin depois de o pai ter sido morto pela polícia em 1993.