«Lamento as notícias sobre as alegadas ameaças a magistrados de Timor-Leste. Já falei com todos eles, que desmentiram», afirmou Dionísio Babo.
Na terça-feira, a magistrada portuguesa Glória Alves disse à Lusa ter recebido um e-mail de um magistrado timorense a alertar os colegas portugueses, recentemente expulsos, de que os juízes que estão em Timor-Leste estão «em perigo de vida» e temem pela sua segurança.
O secretário de Estado da Segurança timorense, Francisco Guterres, também afirmou à agência Lusa que a comunidade está tranquila.
«O parlamento decidiu, o Governo cumpriu e agora são questões internas, mas não há nada. Eu tenho irmãos e irmãs a trabalhar no Ministério Público e nos tribunais e falo com eles diariamente e dizem-me que não há problemas», salientou o secretário de Estado.
O presidente do Conselho Superior de Magistratura de Timor-Leste, Guilhermino da Silva, disse também não ter conhecimento de ameaças a juízes timorenses.
O Governo de Timor-Leste ordenou no passado dia 03 a expulsão, no prazo de 48 horas, de oito funcionários judiciais, sete portugueses e um cabo-verdiano.
No dia 24 de outubro, o parlamento timorense tinha aprovado uma resolução a suspender os contratos com funcionários judiciais internacionais "invocando motivos de força maior e a necessidade de proteger de forma intransigente o interesse nacional" e outra a determinar uma auditoria ao sistema judicial do país.