Nissan considera que a fuga de Carlos Ghosn "desafia sistema judicial" do Japão - TVI

Nissan considera que a fuga de Carlos Ghosn "desafia sistema judicial" do Japão

  • BC - notícia atualizada às 14:53
  • 7 jan 2020, 07:32

Construtora diz que fuga do ex-presidente é "extremamente lamentável". O Japão emitiu um mandado de captura para a mulher do empresário

A construtora automóvel japonesa Nissan considerou esta terça-feira a fuga do ex-presidente da empresa Carlos Ghosn para o Líbano "um ato que desafia o sistema judicial" do país.

A fuga do ex-presidente Carlos Ghosn para o Líbano sem autorização do tribunal, em violação das condições da libertação sob fiança, é um ato que desafia o sistema judicial do Japão", indicou a empresa num comunicado, divulgado uma semana depois de Ghosn, de 65 anos, se encontrar no Líbano.

 

A Nissan considera isto extremamente lamentável", acrescentou.

O empresário tinha que se apresentar, nos próximos meses, perante os tribunais de Tóquio para responder às irregularidades financeiras de que é acusado durante a gestão da Nissan Motor.

O Japão emitiu, esta terça-feira, um mandado de captura para a mulher de Carlos Ghosn. De acordo com os meios de comunicação locais, em causa está a suspeita de um falso testemunho de Carole Ghosn no processo que envolve o ex-presidente da Nissan.

Ghosn está acusado de ter alegadamente ocultado às autoridades japonesas remunerações negociadas com a Nissan e de ter usado os fundos da companhia para cobrir gastos pesssoais e perdas financeiras.

Detido pela primeira vez em 19 de novembro de 2018 e em 25 de abril passado, Ghosn ficou em liberdade sob fiança, após a segunda detenção, com comunicações e movimentos limitados e proibido de sair do país.

As autoridades japonesas pediram à Interpol que detenha preventivamente Ghosn até que seja extraditado para responder perante os tribunais do país.

Na segunda-feira, o chefe do Gabinete e ministro porta-voz do Governo, Yoshihide Suga, garantiu que Tóquio desenvolverá todos os esforços diplomáticos para conseguir que o Líbano entregue o ex-presidente da Nissan às autoridades japonesas. 

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