Quem é Kim Yo-jong, a mulher de quem todos falam - TVI

Quem é Kim Yo-jong, a mulher de quem todos falam

Irmã do líder da Coreia do Norte tem as atenções do mundo sobre si, depois de estar a ser apontada como sucessora de Kim Jong-un, que terá sido operado ao coração

Kim Yo-jong, 32 anos, é a mulher do momento. A irmã mais nova do líder da Coreia do Norte tem as atenções do mundo sobre si, apontada que é como sucessora de Kim Jong-un, que estará em estado crítico depois de ter sido operado ao coração.

Kim Jong-un não é visto desde 11 de abril, tendo mesmo falhado a presença na cerimónia que celebra o regime, gerando várias especulações.

A mulher mais poderosa do seu país tem sido, até agora, o braço-direito do irmão, quatro anos mais velho, e, pelo menos uma vez, as mãos que seguraram o cinzeiro para Kim apagar o cigarro, como aconteceu antes da cimeira de Hanói com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Mas também consta que é ela o cérebro por trás da imagem de Kim, tanto dentro como fora de portas. Os dois são muito próximos desde sempre, tendo inclusive vivido juntos durante alguns anos em Berna, na Suíça, onde estudaram.

É, segundo se sabe, a terceira filha de Kim Jong-il e de uma das suas amantes, Ko Yong-hui, que também deu à luz Kim Jong-un e Kim Jong-chul. Os três têm, ainda, dois meios-irmãos, os mais velhos.

Kim Yo-jong é a número dois do Departamento de Propaganda e Agitação da Coreia do Norte, e membro do comité executivo do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte. É formada em Ciências da Computação.

Tinha 20 anos quando entrou na vida política, em 2007, integrando o comité da juventude do partido, então ainda pela mão do seu pai.

E desde que o irmão assumiu o poder, em 2011, nunca mais saiu do seu lado. Ou poucas vezes o fez.

Há dois anos, em 2018, nos Jogos Olímpicos de Inverno, que se realizaram na Coreia do Sul, a imagem de Kim Yo-jong correu mundo. A "princesa" da Coreia do Norte, como também é conhecida, foi fotografada em vários momentos da competição, tanto na bancada, a aplaudir, como a cumprimentar os atletas do seu país, ela que foi a representante do líder supremo na vizinha Seul.

E acompanhou o irmão nos momentos mais importantes, como as duas cimeiras com Donald Trump, em Singapura e no Vietname.

Mas o falhanço de Hanói foi também o seu, com Kim a deixá-la na sombra durante semanas.

No mês passado voltou. Yo-jong assinou o primeiro comunicado em nome da Coreia do Norte, para criticar Seul, depois de a vizinha Coreia ter protestado contra os exercícios militares de Pyongyang. E também foi ela que agradeceu publicamente a Donald Trump, que enviou uma carta a Kim Jong-un a oferecer ajuda no combate à pandemia de Covid-19 (ainda que Pyongyang diga que não tem qualquer caso) e a reforçar a continuidade das relações entre os dois países.

Kim Yo-jong cresce em termos de influência no partido, mas dificilmente crescerá mais, segundo os analistas. Por ser mulher e por ser jovem.

Para já, é apenas a pessoa de maior confiança para Kim Jong-un.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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