Jovem grego retido na Escócia devido à Covid-19 pedalou até casa durante 48 dias - TVI

Jovem grego retido na Escócia devido à Covid-19 pedalou até casa durante 48 dias

Kleon Papadimitriou

Kleon Papadimitriou, de 20 anos, fez mais de 3.200 quilómetros de bicicleta entre Aberdeen e Atenas

Um estudante grego retido na Escócia devido à Covid-19 decidiu regressar a casa de bicicleta, depois de três voos cancelados.

Kleon Papadimitriou, de 20 anos, pedalou mais de 3.200 quilómetros entre Aberdeen e Atenas, chegando a casa 48 dias depois de ter partido.

Aprendi muitas coisas sobre mim, sobre os meus limites, sobre as minhas forças e as minhas fraquezas. E espero que a minha viagem possa inspirar pelo menos uma pessoa a sair da sua zona de conforto e tentar algo diferente e ambicioso", disse o jovem grego à CNN.

Kleon, aluno do terceiro ano na Universidade de Aberdeen, contou que, por não querer perder nenhuma aula, acabou por não conseguir sair da Escócia de avião, numa altura em que os colegas estrangeiros tinham já todos partido.

No dia 1 de abril soube que tinha de cumprir, pelo menos, um mês de confinamento em Aberdeen", contou.

E foi durante esse período que teve a ideia de pedalar até casa. Na internet descobriu tudo o que precisava para fazer a viagem. A preparação não a tinha, mas o meio de transporte era-lhe mais do que familiar.

Contou, depois, aos pais, que concordaram com a ideia, "porque pensaram que iria desistir", recordou.

No dia 10 de maio fez-se à estrada. Na mochila levou sardinhas enlatadas, manteiga de amendoim, pão, um saco-cama, uma tenda e equipamentos para a bicicleta.

Fez entre 50 a 120 quilómetros por dia, acampou em terrenos e florestas, dormiu em casas de conhecidos e estranhos, pedalando por Inglaterra, Países Baixos, Alemanha, Áustria e Itália, onde apanhou um barco para a Grécia, para o porto de Pátras, de onde pedalou mais 200 e poucos quilómetros até casa.

Chegou, finalmente, a casa a 27 de junho.

Como pessoa introvertida, vi-me forçado a sair da minha zona de conforto, uma vez que se não me expusesse poderia não ter um lugar para dormir ou tomar banho. Esta viagem obrigou-me a interagir com desconhecidos. Penso que evolui como pessoa, estou mais confiante e mais confiante nas minhas capacidades", descreveu.

Kleon Papadimitriou documentou toda a viagem.

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