Adolescente morre preso em banco de carrinha - TVI

Adolescente morre preso em banco de carrinha

  • SS
  • 13 abr 2018, 12:36
Kyle Plush

Kyle Plush ainda pediu ajuda aos serviços de emergência, mas as autoridades não conseguiram localizar o veículo. As chamadas do jovem, em desespero, foram divulgadas pela polícia de Cincinnati

Um adolescente de 16 anos morreu preso num banco de uma carrinha, nos Estados Unidos. Kyle Plush ainda pediu ajuda aos serviços de emergência, mas as autoridades não conseguiram localizar o veículo. As chamadas do jovem, em desespero, foram divulgadas pela polícia de Cincinnati, depois de ter sido aberta uma investigação para apurar o que realmente aconteceu.

Kyle Plush ficou preso numa carrinha, uma Honda Odyssey de 2002, na terça-feira. O adolescente conseguiu, através da assistente pessoal do telemóvel, ligar para os serviços de emergência e pedir ajuda, tendo afirmado que estava num parque de estacionamento da escola de Seven Hills. As chamadas foram agora divulgadas pela polícia. 

Ajuda, ajuda, estou preso na minha carrinha no parque de estacionamento de Seven Hills. Preciso de ajuda”, disse Kyle aos serviços de emergência.

Do outro lado da linha, o funcionário que atendeu a chamada perguntou-lhe onde estava, mas Kyle não conseguiu ouvir.

Não consigo ouvir, estou desesperado e preciso de ajuda. (…) Se não enviam ajuda vou morrer depressa”, sublinhou o jovem.

Logo após este primeiro telefonema, a polícia de Cincinnati foi alertada para localizar o veículo. Mas, segundo o comunicado da polícia, como a escola de Seven Hills tem vários parques de estacionamento, os agentes não conseguiram localizar a carrinha de imediato. Um mapa do estabelecimento de ensino confirma que há sete parques ao redor do campus.

O funcionário dos serviços de emergência tentou ligar a Kyle de volta, mas depois de vários toques a chamada foi parar ao serviço de mensagem de voz. O jovem conseguir telefonar novamente, mas, desta vez, quase sem voz.

Isto não é uma piada. Isto não é uma piada. Estou preso numa carrinha Honda Odyssey dourada. (…) Não me deve restar muito tempo. Se morrer, digam à minha mãe que a amo”, disse Kyle.

Foi a última chamada de Kyle. Durou mais de dois minutos e meio. Não houve resposta do funcionário que atendou a ligação.

Nessa noite, a mãe de Kyle foi à polícia participar o desaparecimento do filho.

O meu filho nunca chegou da escola, achávamos que ele estava a jogar ténis, mas ele nunca chegou da escola”, disse a mulher.

Seis horas depois das chamadas, foi o pai que o conseguiu encontrar . O progenitor usou uma aplicação de localização do telemóvel, que o levou até a um parque de estacionamento da escola. Mas quando lá chegou, o filho já estava inconsciente. 

Equipas médicas foram mobilizadas para o local e tentaram reanimar o jovem, sem sucesso. O óbito acabou por ser declarado no local.

Uma autópsia preliminar indicar que o adolescente morreu de asfixia devido a compressão no peito. O comunicado diz que não há qualquer sinal de ingestão de drogas.

O procurador do condado de Hamilton, Joseph Deters, informou que foi aberta uma investigação para apurar o que aconteceu.

Deters disse que o “jovem ficou preso na terceira fila de bancos, e que sofreu asfixia posicional.”

Estamos a tentar encontrar especialistas que nos possam ajudar nesta investigação”, disse os jornalistas.

Mas uma fonte policial já avançou ao jornal Cincinnatti Enquirer o que terá acontecido: o jovem terá subido ao banco de trás da carrinha para ir buscar o equipamento de ténis, quando o banco se virou. Kyle terá ficado preso no assento, comprimido e de cabeça para baixo.

Um responsável da Honda foi questionado pela CNN sobre o incidente, que se limitou a informar que não há registo de reclamações relativamente aos assentos do modelo Odyssey de 2002.

Não há qualquer reclamação relativamente aos assentos da Honda Odyssey de 2002 nos Estados Unidos”, informou a Honda.

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