Cumbre Vieja: novo rio de lava arrasta blocos de pedra do tamanho de uma casa de três pisos - TVI

Cumbre Vieja: novo rio de lava arrasta blocos de pedra do tamanho de uma casa de três pisos

  • Agência Lusa
  • publicado por Rafaela Laja
  • 10 out 2021, 09:59

O novo rio de lava foi provocado pelo desabamento do flanco norte do vulcão de La Palma e as imagens são impressionantes

 O novo rio de lava do vulcão Cumbre Vieja da ilha de La Palma está a arrastar blocos de pedra do tamanho de um edifício de três andares, alertou este domingo Instituto Geológico e Mineiro Espanhol (IGME).

O IGME divulgou um vídeo gravado no terreno pelos seus cientistas em La Palma muito próximo do novo fluxo, que mostra a força com que desce e o tamanho dos blocos que arrasta, "equivalente a uma casa de três andares", noticiou a agência espanhola EFE.

O novo rio de lava foi provocado pelo desabamento, no sábado, do flanco norte do vulcão daquela ilha do arquipélago das Canárias, situado a oeste da costa de Marrocos.

A associação Volcanes de Canarias, um grupo de geólogos e entusiastas da vulcanologia que colabora com as autoridades em programas de formação para o público, advertiu que o vulcão passou por uma fase com explosões "altamente ruidosas, enérgicas e sustentadas" esta manhã, que provocaram "vibrações do solo" num raio de até seis quilómetros do cone eruptivo.

O Instituto Geográfico Nacional (IGN) espanhol anunciou que ocorreram 21 sismos em La Palma nas últimas horas.

O mais forte registou uma magnitude de 3,8 e ocorreu a uma profundidade de 34 quilómetros no município de Mazo.

Pouco depois de relatar o colapso do cone, os cientistas do Instituto Vulcanológico das Ilhas Canárias (Involcan) divulgaram um vídeo em que se via uma enorme frente de lava a envolver o parque industrial Camino de la Gata, em Los Llanos de Aridane, o município mais populoso da ilha.

O vulcão Cumbre Vieja entrou em erupção em 19 de setembro, obrigando à retirada de mais de 6.000 pessoas das zonas afetadas, onde mais de mil edifícios foram destruídos pela lava.

A erupção afetou o cultivo da banana e o turismo, as principais fontes de receitas da ilha, onde vivem cerca de 85.000 pessoas.

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