O procurador de Agrigento, na Sicília, Luigi Patronaggio, ordenou, esta terça-feira, o desembarque dos migrantes que estão no navio 'Open Arms'. O procurador mandou que o navio atraque em Lampedusa, para desembarcar os migrantes a bordo e seja apreendido.
A decisão acontece no dia em que Espanha anunciou o enviou de um navio para resgatar os migrantes retidos a bordo da embarcação humanitária. O 'Open Arms' esteve parado no Mar Mediterrâneo perto da ilha italiana de Lampedusa durante 19 dias. Os migrantes devem deixar o barco ainda esta terça-feira, pondo fim a uma situação considerada "insustentável".
De acordo com o jornal Corriere della Sera, o procurador Luigi Patronaggio inspecionou o navio com uma equipa de médicos e chefes da capitania do porto de Lampedusa. O magistrado diz que não havia condições para os migrantes permanecerem mais tempo dentro do barco.
"A situação no barco é explosiva, de máxima urgência", disse Patronaggio, citado pela agência de notícias France Presse.
A ONG responsável pelo 'Open Arms' já tinham repetido o pedido para desembarcar os migrantes, por causa das condições que se viviam dentro do navio, mas o governo italiano permitiu, no sábado, apenas o desembarque de 27 menores que estavam desacompanhados.
De acordo com a ONG, havia passageiros a dormir uns por cima dos outros no convés do navio. Além disso, havia apenas duas casas de banho para cerca de 100 pessoas.