Portugal está disponível para acolher oito pessoas do grupo de 82 migrantes que estavam a bordo do navio humanitário ‘Ocean Viking’, que atracou este sábado à noite em Lampedusa, anunciou, este sábado, o Governo português.
Através de um comunicado conjunto do Ministério da Administração Interna e do Ministério dos Negócios Estrangeiros, o Governo revela que já manifestou essa disponibilidade junto da Comissão Europeia.
Além de Portugal, também a Alemanha, França, Itália e Luxemburgo manifestaram essa disponibilidade, “num gesto de solidariedade humanitária e de desejo comum de fornecer soluções europeias para a questão da migração e das tragédias humanas que se verificam no Mediterrâneo”.
Não obstante esta disponibilidade solidária sempre manifestada, o Governo português continua a defender uma solução europeia integrada, estável e permanente para responder ao desafio migratório”, lê-se no comunicado.
Os dois ministérios aproveitam para lembrar que Portugal “tem participado ativamente em todos os processos de acolhimento”, tendo o país já acolhido 139 pessoas desde 2018.
Os 82 migrantes que estavam a bordo do navio humanitário ‘Ocean Viking’ já desembarcaram em Lampedusa, depois de seis dias de espera no mar Mediterrâneo, tendo chegado a terra por volta das 23:00 locais.
De acordo com a agência de notícias espanhola EFE, o barco entrou em águas italianas durante a tarde e permaneceu próximo da costa, mas não atracou no porto, tendo sido as embarcações da Guarda Costeira italiana que levaram os migrantes para terra por volta das 23:15 locais, 22:15 em Lisboa.
Nas redes sociais, a organização não-governamental (ONG) Médicos Sem Fronteiras (MSF), uma das responsáveis pelo barco, celebrava dizendo que a espera para aqueles 82 migrantes tinha terminado.
“Fugiram da Líbia, sobreviveram a uma travessia mortal no Mediterrâneo e agora, finalmente, chegam a um lugar seguro”, disse a ONG.
Os 82 migrantes terão agora de aguardar na ilha italiana até serem reinstalados noutros países europeus que se ofereceram para os acolher, como é o caso da Alemanha, França, Luxemburgo e Portugal.
O Governo português já fez saber junto da Comissão Europeia que está disponível para acolher oito destas pessoas.