Cabeça de Cecil já foi entregue às autoridades - TVI

Cabeça de Cecil já foi entregue às autoridades

Autoridades já identificaram homem que matou Cecil [Foto: Youtube/ Bryan Orford]

Theo Bronkhorst, o caçador profissional que acompanhou o dentista norte-americano, diz que entregou os restos mortais do felino de forma voluntária, depois de os ter guardado em sua casa

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A cabeça do leão Cecil, que foi abatido por um dentista norte-americano, já foi entregue à polícia do Zimbabué. Theo Bronkhorst, o caçador profissional que acompanhou o dentista, afirmou ao jornal "The Telegraph" que entregou os restos mortais do felino de forma voluntária, depois de os ter guardado em sua casa.

Bronkhorst foi um dos guias profissionais que acompanhou Walter James Palmer na caçada. Guardou os restos mortais do leão em casa para que estes fossem tratados por um taxidermista. O objetivo era envia-los mais tarde, como troféus, para os Estados Unidos. Importar uma cabeça de leão não é ilegal nos EUA, ao contrário do que acontece, por exemplo, com as cabeças de elefantes.

O profissional de 52 anos enfrenta a acusação de caça fortuita e foi ouvido por um juiz na quarta-feira. A multa máxima para este crime é de 400 dólares (cerca de 360 euros), mas os advogados consideram que as autoridades que gerem as reservas naturais do Zimbabué podem pedir uma compensação. Recorde-se que Cecil, de 13 anos, era o mais famoso leão do país e foi morto depois de ter sido atraído para fora do Parque Nacional de Hwange. 

Quem também enfrenta uma acusação criminal é o proprietário do terreno onde Cecil foi abatido, Honest Ndlovu. Pelo contrário, o dentista norte-americano Walter James Palmer, do Minnesota, cujo paradeiro continua a ser desconhecido, não foi acusado pelas autoridades.

Bronkhorst e a mulher são proprietários de uma empresa que organiza safaris para férias desde 1992. O caçador diz que, nos últimos dias, vários carros suspeitos têm estacionado perto da sua habitação e que isto está a deixar a mulher “nervosa”. Os vizinhos acreditam que se tratam de veículos dos Serviços Secretos do Zimbabué.

“Isto está a afetar a sua saúde”, afirmou ao "Telegraph".


Na terça-feira, o dentista esclareceu, em comunicado, que desconhecia a fama do leão que matou e que tudo foi planeado de forma legal.

“No início de julho desloquei-me ao Zimbabué para um safari de caça de grande porte. Contratei vários guias profissionais, que me asseguraram todas as licenças. Daquilo que é do meu conhecimento, tudo nesta viagem foi feito de forma legal, devidamente organizado e realizado.”


Esta quinta-feira, as autoridades de proteção da fauna dos Estados Unidos anunciaram que vão abrir um inquérito ao caso.

“Estamos a investigar a morte do leão Cecil. Iremos até aos factos. Pedimos ao médico (Walter) Palmer ou ao seu representante para contactar imediatamente com o USFWS”, escreveu no Twitter a agência governamental responsável pela conservação, proteção e desenvolvimento da vida selvagem nos Estados Unidos.
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