China ameaça retaliar contra Lei da Autonomia de Hong Kong aprovada pelos EUA - TVI

China ameaça retaliar contra Lei da Autonomia de Hong Kong aprovada pelos EUA

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  • 15 jul 2020, 07:47
China

Para Pequim, a Lei de Autonomia de Hong Kong aprovada por Trump constitui "uma tentativa dos EUA de obstruir a implementação da Lei de Segurança Nacional de Hong Kong"

O Governo chinês considerou esta quarta-feira a Lei da Autonomia de Hong Kong, assinada pelo Presidente dos Estados Unidos, uma "grave interferência nos assuntos internos" do país e ameaçou retaliar.

Numa declaração, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês advertiu que "para salvaguardar os seus próprios interesses legítimos, a China dará a resposta apropriada e imporá sanções ao pessoal e autoridades norte-americanas competentes".

Pedimos aos EUA que corrijam os seus erros, evitem implementar a chamada 'Lei de Autonomia de Hong Kong' e parem de interferir nos assuntos internos da China, incluindo nos de Hong Kong", salientou.

 

Se os Estados Unidos avançarem, não há dúvidas de que a China retaliará", garantiu o Governo chinês, no mesmo comunicado.

Para Pequim, a Lei de Autonomia de Hong Kong aprovada por Trump constitui "uma tentativa dos EUA de obstruir a implementação da Lei de Segurança Nacional de Hong Kong".

O diploma foi aprovado pela Assembleia Popular Nacional da China, sem passar pelo Conselho Legislativo da região semiautónoma chinesa, e pune com prisão perpétua "atos de secessão, subversão, terrorismo e conluio com forças estrangeiras".

No entanto, advogados, ativistas, jornalistas e grande parte da sociedade de Hong Kong manifestaram a sua oposição, por temer que a lei acabe com as liberdades desfrutadas pela antiga colónia britânica e inexistentes na China continental.

Na terça-feira, Donald Trump assinou o decreto que encerra o estatuto económico e comercial especial que os EUA concediam a Hong Kong, além de uma lei que prevê a imposição de novas sanções à China, por "extinguir a liberdade" na cidade, um centro financeiro internacional e regional.

Agora vamos passar a tratá-los como tratamos a China continental", disse Trump.

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