Opositor venezuelano condenado a 13 anos e 9 meses de prisão - TVI

Opositor venezuelano condenado a 13 anos e 9 meses de prisão

Leopoldo López [Foto: Reuters]

Leopoldo López era acusado de "incitamento à desordem pública, associação criminosa, atentados à propriedade e incêndio", após manifestações contra a presidência de Nicolás Maduro

O político da oposição venezuelana Leopoldo López foi condenado a 13 anos e nove meses de prisão pelo tribunal de primeira instância. A informação foi divulgada na quinta-feira por fontes do seu partido, Vontade Popular, e confirmada pelo advogado Roberto Marrero, no Twitter.

“No final da audiência, a juíza Barreiros sentenciou Leopoldo a 13 anos, nove meses e sete dias. A prisão é a de Ramo Verde", disse Marrero através da sua conta na rede social.
 
A sentença dita a pena máxima para os crimes de que López estava acusado.

Leopoldo López, de 42 anos, um dissidente popular formado em Economia nos Estados Unidos estava detido numa prisão militar desde fevereiro do ano passado e era acusado pelas autoridades venezuelanas de "incitamento à desordem pública, associação criminosa, atentados à propriedade e incêndio", na sequência das manifestações de contestação à política da presidência de Nicolás Maduro, que terminaram em violência.

As acusações estão relacionadas com os acontecimentos violentos no final de uma manifestação antigovernamental convocada por várias pessoas, incluindo Leopoldo López, e realizada a 12 de fevereiro de 2014, que resultou em três mortos.

O dirigente vai permanecer detido na prisão militar de Ramo Verde, perto de Caracas, onde está desde que se entregou à justiça a 18 de fevereiro do ano passado.

A União Europeia já fez saber que considera a pena “pesada”, salientando ter sido negado um julgamento imparcial e esperando que haja a possibilidade de recurso justo.

A UE espera que “as vias possíveis para interposição de recurso permitam rever estes veredictos pesados de uma forma justa e transparente”, segundo um comunicado.

“Nos julgamentos de Leopoldo López, coordenador nacional do partido Vontade Popular, bem como dos quatro estudantes Christian Holdack, Marcos Coello, Demian Martín e Ángel González, não foram garantidos aos acusados nem a transparência nem o devido processo legal”, considerou a UE, em comunicado.


 


       
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