Vencedora de Nobel da Paz liderou «greve de sexo» - TVI

Vencedora de Nobel da Paz liderou «greve de sexo»

A iniciativa inédita de Leymah Gbowee ajudou a acabar com a guerra civil no país

Relacionados
A activista Leymah Gbowee, uma das três mulheres laureadas com o Nobel da Paz 2011, liderou uma «greve de sexo», em 2002.

A iniciativa inédita ajudou a acabar com a guerra civil no país e consistiu no seguinte: as mulheres recusavam-se a ter relações sexuais com os maridos até que os combates terminassem.

Com esta greve, que juntou mulheres cristãs e muçulmanas, Leymah Gbowee fez com que o antigo presidente do país, o senhor da guerra Charles Taylor, fosse obrigado a inclui-la nas negociações de paz que decorriam no Gana.

Depois de 13 anos de guerra civil, 250 mil mortos e um país devastado foi assinado, em 2003, o acordo de paz em Accra.

«Leymah Gbowee mobilizou e organizou as mulheres além das linhas de divisão étnica e religiosa para pôr fim a uma longa guerra na Libéria e garantir a participação das mulheres nas eleições», disse Thorbjoern Jagland, presidente do comité do Prémio Nobel.

Leymah Gbowee, de 39 anos, de etnia Kpellé, ficou conhecida como «a guerreira da paz». Escreveu no livro autobiográfico « Mighty Be Our Powers: How Sisterhood, Prayer, and Sex Changed a Nation at War», onde se incluem alguns dados sobre a sua vida.

Em criança, por exemplo, todos a chamavam «Red» («Vermelha») por causa da sua pele mais clara. Sobre a sua vida também existe um documentário.

Durante a guerra, enquanto assistente social, tomou contacto com as crianças-soldado, um dos flagelos da guerra. Foi aí que viu que precisava de fazer algo para mudar a dura realidade.

Leymah Gbowee é mãe de seis filhos e vive desde 2005 no Gana, onde é directora executiva da organização Women Peace and Security Network Africa.
Continue a ler esta notícia

Relacionados

EM DESTAQUE