O Hospital Central de Wuhan negou a morte do médico chinês infetado pelo Coronavírus - um dos primeiros oito médicos que alertaram para o Coronavírus quando emergiu pela primeira vez em Wuhan.
O oftalmologista Li Wenliang enviou uma mensagem aos colegas a 30 de dezembro e, dias depois, foi convocado ao Departamento de Segurança Pública para assinar uma declaração na qual estava acusado de fazer "comentários falsos".
"Na luta contra a epidemia da pneumonia viral, o nosso oftalmologista Li Wenliang foi, infelizmente, contagiado. Está em condição crítica e estamos a fazer os possíveis para o reanimar", informa um comunicado do hospital na rede social Weibo.
O comunicado chegou ao público horas depois de ter sido reportado que o médico tinha morrido, com alguns meios de comunicação social locais a afirmar que o coração de Li deixou de bater.
Na altura, a Organização Mundial de Saúde deixou uma nota sobre aa condição do médico: "Estamos profundamente tristes com a morte do Dr. Li Wenliang. Todos devemos relembrar o trabalho que fez pelo coronavírus", escreveu a OMS, no Twitter.
As autoridades de saúde chinesas elevaram para 563 o número de mortos provocados pelo novo coronavírus, que infetou no total 28.018 pessoas.
Os serviços médicos continuam a manter sob observação 183.354 pessoas, de um total de 282.813 que foram observadas com suspeita de ter contraído o vírus, cujo surto começou na cidade de Wuhan, na província central de Hubei.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na quinta-feira passada uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional, o que pressupõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.