FARC libertaram o único refém sueco do mundo

Erik Roland Larsson, único refém sueco no Mundo, sequestrado em 2007 pela guerrilha colombiana das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), foi libertado no nordeste da Colômbia, anunciou terça-feira o Departamento administrativo de segurança colombiano (DAS, serviços de informação), avança a agência Lusa.

Um porta-voz dos serviços secretos declarou que o engenheiro, sequestrado em Maio de 2007, foi libertado perto de Monteria, 790 quilómetros a nordeste de Bogotá, na aldeia de Tierra Alta, departamento de Córdoba.

«Sabemos que foi entregue pelos seus carcereiros, mas não temos detalhes. Parece que esteve nas mãos de uma frente das FARC», acrescentou este responsável.

Segundo um comunicado do DAS, a guerrilha exigiu cinco milhões de dólares para a libertação de Erik Roland Larsson.

«O seu estado de saúde é frágil e actualmente está a ser examinado por uma equipa médica, na cidade de Monteria», precisou o DAS.

Este serviço indicou igualmente que o seu salvamento não era uma hipótese, tendo em conta a geografia do local onde se encontrava.

Mulher conseguiu fugir

Em Fevereiro, a embaixadora da Suécia na Colômbia, Lena Nordström, lembrou que este sueco, de 69 anos, era o único cidadão do seu país sequestrado no Mundo.

«Não é apenas o único sueco sequestrado na Colômbia, é mais do que isso é o único refém (sueco) no Mundo», afirmou à rádio colombiana RCN, sublinhando que o seu caso era pouco conhecido porque as autoridades suecas preferiram permanecer discretas sobre o assunto.

Roland Larsson foi sequestrado a 16 de Maio de 2007 em sua casa, com a sua companheira, no departamento de Córdoba.

A sua mulher conseguiu fugir quatro dias mais tarde e contou a sua fuga à imprensa.

«Fugi de noite. Saltei do burro (que a transportava) e corri e corri», disse, sublinhando que foi separada do seu marido desde o sequestro e que não sabia nada dele.

A guerrilha das FARC, fundada em 1964, conta com uma força entre os sete e os 10.000 combatentes, segundo as estimativas, e tem ainda detidos 22 reféns ditos «políticos», que pretende «trocar» por guerrilheiros capturados pelas autoridades colombianas.