Man Booker Prize atribuído ao britânico Julian Barnes - TVI

Man Booker Prize atribuído ao britânico Julian Barnes

Julian Barnes (REUTERS/Luke MacGregor)

O escritor já foi quatro vezes finalista. Ganhou este ano, com o livro «The Sense of an Ending»

O escritor britânico Julian Barnes, quatro vezes finalista do Man Booker Prize, é desta vez o vencedor do prestigiado prémio literário, com o romance «The Sense of an Ending», anunciou na terça-feira o júri em Londres.

Após uma reunião de apenas 31 minutos, o júri, presidido por Stella Rimington e composto por Matthew d¿Ancona (escritor e jornalista), Susan Hill (escritora), Chris Mullin (político e escritor) e Gaby Wood (responsável da secção de livros do jornal Daily Telegraph), decidiu, por unanimidade, distinguir o romance de Julian Barnes, que será publicado em Portugal ainda este ano pela Quetzal.

A vitória do escritor de 65 anos, anteriormente selecionado pelos romances «O Papagaio de Flaubert» (1984), «Inglaterra, Inglaterra» (1998) e «Arthur & George» (2005), veio na sequência de uma das mais amargas e viperinas finais do prémio de que há memória ¿ não entre os escritores finalistas, mas no que se refere aos comentadores, divididos, que ensombraram o processo de escolha do júri, acusando-o de colocar a popularidade acima da genuína qualidade das obras.

A presidente do júri deste ano, a ex-directora-geral do MI5, Stella Rimington, justificou a decisão, afirmando que a obra premiada «tem as marcas de um clássico da Literatura Inglesa: está extraordinariamente bem escrito, tem um enredo subtil e revela novos sentidos a cada leitura».

Seleccionado com um romance sobre a memória, sobre o destino de companheiros de turma, Julian Barnes era considerado o candidato favorito ao prémio, depois de deixar para trás Alan Hollinghurst, vencedor de uma edição anterior do galardão e que integrava a <> de nomeados, com o romance «O Filho do Desconhecido» (que será publicado em outubro em Portugal pela Dom Quixote).

Ao vencer, deixou para trás o jornalista britânico A.D. Miller, antigo correspondente da revista The Economist, com o seu romance de estreia, «Snowdrops», brevemente publicado em Portugal pela Civilização, com o título «Quando a Neve Começa a Derreter», o britânico Stephen Kelman, também estreante na ficção, com «Pigeon English», a britânica Carol Birch, (que em 2003 integrara a longlist, com «Turn Again Home»), com «Jamrach's Menagerie», e os canadianos Patrick deWitt, com «The Sisters Brothers», e Esi Edugyan, com «Half Blood Blues».

O Man Booker Prize, anualmente atribuído ao melhor autor de uma obra de ficção de língua inglesa da Commonwealth e da República da Irlanda, é dotado de um cheque no valor de 50 mil libras (56.700 euros), e todos os finalistas, incluindo o vencedor, receberão 2.500 libras (2.850 euros) e uma edição limitada de design do seu livro.
<>
Continue a ler esta notícia