Encontrado corpo de criança angolana desaparecida no mar há cinco dias - TVI

Encontrado corpo de criança angolana desaparecida no mar há cinco dias

  • 3 out 2018, 17:27
Luanda (Reuters)

Corpos de três vítimas - duas crianças e o professor - já tinham sido encontrados. Afogamentos ocorreram na praia do Jango Veleiro, em Luanda

O último corpo das quatro vítimas do afogamento na sexta-feira na praia do Jango Veleiro, em Luanda, foi resgatado terça-feira por mergulhadores dos bombeiros a mais de 10 quilómetros de distância, indicou hoje à Lusa fonte oficial.

Segundo o porta-voz do comando de Luanda do Serviço Nacional de Proteção Civil e Bombeiros (SNPCB), Faustino Miguêns, o corpo da criança, de oito anos, foi encontrado na praia do Sarico, já no sul da província do Bengo, para onde acabou por ser levado pelas correntes fortes que se fazem sentir atualmente na costa angolana.

"Foi difícil, psicologicamente também, resgatar o corpo de um menino falecido sexta-feira", sublinhou Faustino Miguêns.

Os afogamentos ocorreram quando três crianças de um grupo de alunos excursionistas, pertencentes a um colégio privado do município de Viana, com oito e nove anos de idade, se afogaram e, na tentativa de as salvar, um professor de 20 anos também acabou por se afogar.

Os corpos de duas crianças e do professor foram recuperados no mesmo dia do incidente.

Segundo dados oficiais reportados pela agência Lusa a 21 de setembro último, pelo menos 555 pessoas morreram vítimas de afogamento em Angola durante a época balnear 2017-2018, período em que 233 outras foram salvas na iminência de afogamento.

Segundo disse então à Lusa o diretor do gabinete de comunicação institucional e imprensa do Comando Nacional do SNPCB, Faustino Sebastião, a capital angolana liderou as ocorrências 105 afogamentos mortais.

"No país todo, registamos um total de 555 afogamentos mortais, com destaque para as províncias de Luanda, com 105, Huambo 59, Benguela 56, Cuanza Sul 38, e Uíge 35. Conseguimos também o salvamento de 233 pessoas em iminência de afogamento", disse.

Segundo Faustino Sebastião, a situação dos afogamentos registados em Angola, em praias, rios e cacimbas, "é preocupante", razão pela qual, assinalou, durante o período de defeso, foram realizadas "várias ações de refrescamento direcionadas aos nadadores-salvadores".

"O objetivo é o de os nossos nadadores-salvadores aprimorarem cada vez mais as técnicas e táticas de atuação para baixar o índice", indicou, lembrando que Angola conta com cerca de 1.550 nadadores-salvadores, maioritariamente concentrados nas províncias do litoral, cuja costa tem uma extensão de 1.650 quilómetros.

A época balnear 2018-2019 em Angola começou a 22 de setembro.

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