Embaixador do Papa em França investigado por acariciar nádegas de funcionário - TVI

Embaixador do Papa em França investigado por acariciar nádegas de funcionário

  • Atualizada às 14:32
  • 15 fev 2019, 12:27
Emmanuel Macron e Luigi Ventura

Arcebispo italiano Luigi Ventura é acusado de assédio a um jovem funcionário da Câmara de Paris. Vaticano reage dizendo esperar conclusão da investigação

O núncio apostólico em França, Luigi Ventura, arcebispo italiano de 74 anos, está a ser investigado por "agressão sexual", segundo revelou esta sexta-feira a imprensa francesa. Segundo a agência noticiosa Reuters, que falou com um funcionário da Câmara de Paris, porque "acariciou de maneira insistente e repetida as nádegas de um jovem".

O jornal francês Le Monde relatou na manhã de sexta-feira que Luigi Ventura é suspeito de ter dado "vários toques" num jovem executivo da Câmara de Paris, que o recebeu numa recepção ao corpo diplomático acreditado na capital francesa, promovida pela autarca Anne Hidalgo.

Acariciou de maneira insistente e repetida as nádegas do jovem durante uma cerimónia. Colocou as mãos nas suas nádegas várias vezes", referiu depois um funcionário da autarquia à agência Reuters.

Recepção anual

O núncio apostólico Luigi Ventura, que representa o estado do Vaticano nas suas relações diplomáticas com a França, está em Paris como embaixador desde 2009.

Segundo refere o jornal Le Monde, o caso ocorreu a 17 de janeiro, no salão de arcadas do Hotel de Ville, onde todos os anos, presidentes e representantes de associações religiosas e representantes de corpos diplomáticos são recebidos.

Na ocasião, o arcebispo Ventura terá deixado para trás "em várias ocasiões" uma mão errante sobre um jovem da Delegação Geral para as Relações Internacionais da Câmara de Paris, que estava encarregado de o receber.

A queixa foi feita a 23 de janeiro, quando a Câmara Municipal de Paris enviou ao Ministério Público um relatório com base no artigo 40.º do Código de Processo Penal francês, que obriga "qualquer autoridade constituída, qualquer funcionário público" que se aperceba de um crime ou ofensa, a denunciá-lo ao Ministério Público, enviando as informações necessárias.

Segundo o Le Monde, com base em fontes judiciais, uma investigação por "agressão sexual" foi imediatamente aberta pelo promotor público de Paris, Rémy Heitz.

Vaticano aguarda

Confrontado pela agência Reuters, o Vaticano assume ter sabido da investigação em curso através da comunicação social.

A Santa Sé aguarda a conclusão da investigação", foi o único comentário feito pelo porta-voz Alessandro Gisotti.

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