Homem morre à espera de ser assistido por falso alarme de ébola - TVI

Homem morre à espera de ser assistido por falso alarme de ébola

(REUTERS)

Sintomas apresentados por um correio de droga, no aeroporto de Barajas, em Madrid, foram confundidos com os do vírus

Um cidadão da Nigéria morreu, no último sábado, no aeroporto de Barajas, em Madrid, Espanha, devido à ingestão de bolas de cocaína. Os sintomas que a vítima apresentava levaram a ativar o protocolo por ébola e fizeram com que se aguardasse a chegada de uma equipa especializada dos serviços de emergência para avaliar o estado do doente e transferi-lo para um hospital, o que não chegou a acontecer.

As autoridades aeroportuárias confirmaram, esta sexta-feira, à agência EFE, que o cidadão nigeriano desembarcou por volta das 17:00 de sábado em Barajas (16:00 em Lisboa), vindo de Istambul, na Turquia, e começou a sofrer tremores e convulsões, até que caiu na zona alfandegária do Terminal 1 do aeroporto.

Os funcionários do aeroporto acorreram ao local, onde os agentes da Guardia Civil já tinham assistido e reclinado o passageiro e, por causa dos sintomas que apresentava, decidiram alertar as autoridades sanitárias perante a possibilidade de se tratar de um caso de ébola.

Uma vez ativado o protocolo, há que manter o paciente isolado e esperar pela chegada das equipas de saúde especializadas. As autoridades aeroportuárias não conseguiram precisar à EFE quanto tempo demoraram exatamente os médicos a chegar ao terminal, embora confirmem que o passageiro permaneceu todo o tempo no local onde caiu.

Quando a equipa médica chegou ao local, e se descartou a possibilidade de ébola, decidiu-se transferir a vítima para um hospital, mas isso não aconteceu a tempo e o homem morreu no aeroporto por volta das 19:00 (18:00 em Portugal).

Posteriormente, foi determinado que se tratou de uma caso de tráfico de droga. Fontes do aeroporto revelaram que o homem, um correio de droga, morreu porque tinha ingerido bolotas de cocaína e pelo menos uma delas se rompeu dentro do corpo. 
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