A Assembleia Nacional da Venezuela aprovou este domingo um acordo declarando que o Governo do Presidente Nicolás Maduro impulsou "uma rutura da ordem constitucional" ao suspender a realização de um referendo revogatório presidencial.
Segundo o parlamento, essa rutura decorreu através de instituições como o Supremo Tribunal de Justiça, o Conselho Nacional Eleitoral e sete tribunais regionais.
A oposição interpreta esta situação como "um golpe de Estado" e a instauração de "uma ditadura", cita a Lusa.
O texto foi aprovado com o voto favorável da maioria parlamentar opositora e com o voto contra dos deputados que apoiam o Governo venezuelano.
"Golpe de estado", acusam partidos do Governo
Os deputados dos partidos afetos ao Governo do Presidente Nicolás Maduro reagiram à decisão parlamentar, onde a oposição tem a maioria, condenando-a.
Fizeram-nos perder tempo. É uma burda tentativa de copiar o golpe de Estado no Brasil [destituição de Dilma Rousseff]. Na Venezuela não há condições para que eles [oposição] imponham um golpe de Estado. Aqui se imporá a democracia, a paz e a Constituição".
Foram estas as palavras do líder do denominado “bloco da pátria”, composto por deputados socialistas.
Segundo Héctor Rodríguez, atualmente o parlamento "não tem qualquer validade legal, jurídica, nem a força política para impor absolutamente nada”.
Veja também
Venezuela sem referendo sobre Maduro mas com promessas de comida
A imagem que se tornou num símbolo da crise na Venezuela
Um país onde farinha, massa e leite custam o salário de um mês