Salário mínimo sobe 60% na Venezuela - TVI

Salário mínimo sobe 60% na Venezuela

  • VC
  • 1 mai 2017, 07:17
Nicolás Maduro

Anúncio do aumento foi feito pelo presidente Nicolás Maduro, numa altura de crise económica e forte tensão social no país

O Presidente da Venezuela anunciou um novo aumento de 60% do salário mínimo dos venezuelanos. Já com subsídio de alimentação incluído, passa a ser o equivalente a 258 euros.

Segundo as contas de Nicolás Maduro, o salário mínimo base dos venezuelanos passa a ser de 65.021,04 bolívares (84 euros) e o subsídio de alimentação de 135.000,00 bolívares (174 euros).

No total, são assim 200.021,00 bolívares (258 euros à taxa de câmbio oficial Dicom).

O anúncio foi feito no programa radiofónico e televisivo "Os domingos com Maduro", transmitido através da televisão e rádio estatais, durante o qual explicou que os cesta tickets (subsídios de alimentação) deixam de ser pagos por via eletrónica.

O país vive uma crise social e económica gigantes, com várias manifestações, que fizeram pelo menos 29 mortos, cerca de 500 feridos e mais de 1.200 detidos só no último mês. 

Especialistas em direitos humanos das Nações Unidas manifestaram já preocupação relativamente à situação no país, instando o Governo do Presidente Nicolás Maduro a investigar as mortes ocorridas nas manifestações.

Países unem-se no pedido feito pelo Papa

A Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Peru, Paraguai e Uruguai juntaram-se ao pedido do papa Francisco para evitar mais violência na Venezuela, procurar “soluções negociadas”, e respeitar os direitos humanos no país em “grave crise humanitária”.

“Como observado pelo sumo pontífice, é essencial ter 'condições muito claras' para uma solução negociada para a crise política, económica e humanitária naquele país irmão”, indica um comunicado conjunto divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Colômbia.

Os oito governos também reiteram o pedido "para o fim da violência, o pleno respeito do Estado de Direito, a libertação dos presos políticos, a plena restituição das prerrogativas da Assembleia Nacional, e a definição de um cronograma eleitoral".

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