A mulher do primeiro-ministro do Lesoto, um enclave na África do Sul, entregou-se, nesta terça-feira, às autoridades do seu país para ser acusada da morte da ex-mulher do marido.
Maesaiah Thabane, de 42 anos, estava desaparecida desde 14 de janeiro e era a principal suspeita do homicídio de Lipolelo Thabane, em 2017, na altura ainda mulher de Thomas Thabane, uma vez que o casal estava em processo de divórcio.
Além da primeira-dama, a polícia acusou ainda outras oito pessoas, que se encontram no Lesoto e na África do Sul.
O comissário Paseka Mokete disse aos jornalistas que a investigação "foi satisfatoriamente concluída" e que a polícia tem "uma acusação sólida" contra a mulher do primeiro-ministro.
Em junho de 2017, Lipolelo Thabane, 58 anos, foi assassinada com um tiro na cabeça à porta da sua casa, na capital, em Maseru, dois dias antes de o primeiro-ministro, e seu marido, tomar posse.
Thomas Thabane, de 80 anos, estava, na altura, publicamente separado de Lipolelo, mas não legalmente. Assumira, também, Maesaiah como sua mulher e queria que o tribunal a oficializasse, o que só aconteceu depois de confirmado o divórcio.
O primeiro-ministro chegou, inclusive, a ser o principal suspeito da morte de Lipolelo, uma vez que queria assumir Maesaiah como primeira-dama. Já este ano, uma fuga de informação da polícia dava conta de que as autoridades teriam localizado o telemóvel do primeiro-ministro no local do crime.
Mas as suspeitas voltaram-se para a agora detida, que desapareceu depois de ser notificada para prestar declarações no âmbito da investigação à morte da rival.