“Apoio indireto ao terrorismo”. Israel bloqueia transferência de 150 milhões para Palestina - TVI

“Apoio indireto ao terrorismo”. Israel bloqueia transferência de 150 milhões para Palestina

  • Agência Lusa
  • NM
  • 11 jul 2021, 20:51
Naftali Bennett e Yair Lapid, no Knesset, o parlamento de Israel: são eles que lideram a coligação que pretende tirar Netanyahu do Governo

Em resposta, o Presidente palestiniano Mahmoud Abbas decidiu por alguns meses não aceitar qualquer pagamento israelita, se estivesse incompleto, privando temporariamente a sua própria administração de centenas de milhões de euro

O novo governo israelita decidiu este domingo não desbloquear mais de 150 milhões de euros em impostos arrecadados em nome da Autoridade Palestiniana, montante equivalente ao “apoio indireto ao terrorismo em 2020”, segundo o Ministério da Defesa.

O gabinete de segurança do primeiro-ministro, Naftali Bennett, que sucedeu a Benjamin Netanyahu no mês passado, reuniu-se hoje e anunciou o congelamento de 597 milhões de shekels (154 milhões de euros) nas quantias transferidas para a Autoridade Palestiniana de Mahmoud Abbas, uma decisão que provavelmente prejudicará ainda mais as relações entre os dois lados.

De acordo com um relatório do Ministério da Defesa apresentado ao gabinete de segurança, a Autoridade Palestiniana transferiu este montante como "apoio indireto ao terrorismo em 2020" através de pagamentos "a terroristas e suas famílias".

Como resultado, Israel congelará 150 milhões de euros no total em pagamentos futuros aos palestinianos.

Esses fundos serão congelados mensalmente a partir do pagamento da transferência de Israel para a Autoridade Palestiniana”, acrescentaram os serviços do primeiro-ministro, sem, no entanto, detalhar os termos desse congelamento.

Israel arrecada cerca de 160 milhões de euros em impostos alfandegários em nome da Autoridade Palestiniana a cada mês, mas reteve desde fevereiro de 2019 aproximadamente 8,42 milhões de euros desses impostos pagos às famílias de palestinianos presos por terem cometido ataques contra Israel.

Em resposta, o Presidente palestiniano Mahmoud Abbas decidiu por alguns meses não aceitar qualquer pagamento israelita, se estivesse incompleto, privando temporariamente a sua própria administração de centenas de milhões de euros, cortando pela metade o pagamento de salários de seus funcionários.

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