A Guardia Civil espanhola vai deduzir acusação sobre todos os responsáveis pela construção e pelas obras posteriores no furo ilegal onde caiu o pequeno Julen, em Málaga.
Estas informações foram confirmadas por fontes policiais ao jornal El Mundo.
Segundo o mesmo jornal, as autoridades vão enviar às entidades competentes um relatório que detalha os trabalhos ilegais elaborados na quinta onde tudo aconteceu.
Entretanto, a investigação ao caso também quer apurar se o dono do terreno, David, e o responsável pelo poço, Antonio Sánchez, podem ser acusados de um crime de homicídio negligente por não terem garantido as medidas de segurança necessárias para impedir que o furo se pudesse tornar numa armadilha mortal.
De acordo com o que foi apurado, escreve o El Mundo, o proprietário da quinta queria construir uma casa. Por isso, ordenou que o terreno fosse rebaixado e que fosse criado um muro de contenção que evitasse deslizamentos de terra. Foi durante esses trabalhos que foi retirada a pedra que tapava o furo de prospeção de água.
Agora, a Guardia Civil está a identificar todas as pessoas que participam nesses trabalhos para que sejam interrogadas.
Recorde-se que Julen, de apenas dois anos de idade, morreu no seguimento da queda nesse furo, de mais de 70 metros em profundidade, no dia 13 de janeiro.
O seu corpo foi resgatado sem vida no dia 24 de janeiro. A autópsia realizada ao corpo do menino aponta para um “traumatismo cranioencefálico grave”, além de vários outros traumatismos no corpo, e para que tenha morrido no próprio dia em que caiu.