TAS explica multa de dez milhões ao Man. City com «obstrução» à investigação - TVI

TAS explica multa de dez milhões ao Man. City com «obstrução» à investigação

Watford-Manchester City (AP)

Clube inglês viu anulada suspensão de dois anos das provas da UEFA, mas foi castigado financeiramente

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O Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) justificou, esta terça-feira, a multa de dez milhões de euros aplicada ao Manchester City com «obstrução» por parte do clube inglês à investigação sobre irregularidades no seu financiamento.

«A maioria do painel [de juízes] considera que a falha do Manchester City em cooperar com a investigação do Comité de Controlo Financeiro de Clubes (CFCB) da UEFA é uma violação grave e que o Manchester City deve ser seriamente criticado por obstruir as investigações do CFCB», refere o acórdão de 93 páginas relativo à acusação de violação das regras de fair-play financeiro da UEFA.

Há duas semanas, o TAS anulou a suspensão de dois anos das competições europeias ao Manchester City, que a UEFA tinha aplicado em fevereiro, considerando que várias das acusações do organismo que rege o futebol europeu não podiam ser provadas e outras estavam fora do tempo limite. Ao mesmo tempo, apesar da decisão favorável ao City, o TAS reconheceu que o clube inglês não cooperou com a UEFA e aplicou a multa de dez milhões de euros, quando tinha sido punido inicialmente com uma sanção de 30 milhões de euros.

O TAS sublinhou, na decisão anunciada esta terça-feira, que a multa deve ser um «impedimento suficientemente forte» para servir de exemplo aos outros clubes obrigados a cumprir com as regras de fair-play financeiro da UEFA, para participar na Liga dos Campeões e na Liga Europa.

A sobrevalorização de receitas de patrocínios entre 2012 e 2016 estava entre as razões das «quebras significativas» das regras da UEFA, que baseou a sua decisão a partir de uma investigação iniciada em março de 2019, a partir de documentos publicados no sítio do Football Leaks, criado pelo português Rui Pinto.

O City nunca desmentiu a autenticidade dos documentos, mas argumentou que foram roubados e utilizados fora de contexto, tendo congratulado a decisão do TAS divulgada a 13 de julho, que permite participar nas provas europeias.

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