Anti-racismo: milhares manifestam-se em Berlim com máscaras e um cordão humano ligado por fitas - TVI

Anti-racismo: milhares manifestam-se em Berlim com máscaras e um cordão humano ligado por fitas

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  • 14 jun 2020, 16:46

Na semana pasada, cerca de 15 mil manifestantes estiveram reunidos na Alexanderplatz, também em Berlim, a protestar contra a morte de George Floyd nos EUA, mas não utilizaram meios de proteção individual

Cerca de oito mil pessoas manifestaram-se este domingo em Berlim contra o racismo, à semelhança do que tem acontecido em vários países Europeus e na América, seguindo as regras de segurança para mitigar o risco de contágio por covid-19.

O protesto, organizado pela plataforma “Unteibar”, juntou cerca de oito mil pessoas, conforme apontaram as primeiras estimativas da polícia, citadas pela agência EFE.

Para minimizar o risco de contágio, os manifestantes, munidos com máscaras faciais, formaram um cordão humano com nove quilómetros de extensão, das Portas de Brandemburgo até Neukölln, ligado por fitas, evitando o contacto entre as mãos.

Na semana pasada, cerca de 15 mil manifestantes estiveram reunidos na Alexanderplatz, também em Berlim, a protestar contra a morte de George Floyd nos EUA, mas não utilizaram meios de proteção individual.

Com a retoma de quase todas as atividades, Berlim registou, na sexta-feira, 87 novos casos de infeção, o número mais alto desde o final de abril.

As forças de polícia norte-americanas têm sido alvo de críticas não só pela morte do afro-americano George Floyd durante uma operação de detenção, mas também devido ao uso da força para reprimir os protestos antirracismo decorrentes, nomeadamente o recurso a gás lacrimogéneo a balas de borracha.

Floyd, cujo funeral foi realizado na terça-feira, gritou que não conseguia respirar quando um polícia branco em Minneapolis pressionou o pescoço do homem com o joelho.

As mesmas palavras foram usadas por Eric Garner em 2014 quando estava a ser controlado pela polícia, tendo morrido como consequência.

A morte de Floyd, capturada em vídeo, provocou manifestações em várias partes dos EUA e no estrangeiro e reacendeu o debate sobre o excesso de força policial e o racismo dentro nas forças de segurança.

 

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