Manifestações pró-Tibete por todo o mundo (fotos) - TVI

Manifestações pró-Tibete por todo o mundo (fotos)

Manifestação pró-Tibete

A abertura oficial dos Jogos Olímpicos de Pequim foi o pretexto ideal para vários protestos

As manifestações pró-Tibete não são novidade, principalmente quando o assunto está relacionado com os Jogos Olímpicos de Pequim. No entanto, o dia da cerimónia de abertura ficou marcado por uma «avalanche» ainda maior de protestos um pouco por todo o mundo.

Polónia, Suíça (entre 100 e 150 manifestantes em Lausanne), Índia (150 em Nova Deli), Inglaterra (300 em Londres), Itália (1000 em Assise), França (600 em Paris), Holanda (entre 100 e 400 em Amesterdão), Áustria (30 em Viena), Turquia (300 em Ankara), República Checa (40 em Praga) e Bélgica (200 em Bruxelas) foram alguns dos países que se associaram à causa tibetana. Ao mesmo tempo, segundo a AFP, pelo menos 1400 exilados tibetanos foram presos no Nepal.

Em Lisboa, simpatizantes pró-Tibete e um jornalista chinês envolveram-se numa acalorada discussão durante uma manifestação do Grupo de Apoio ao Tibete frente à Embaixada da China, informa a Lusa.

Na origem da discussão esteve o facto do jornalista da agência Nova China, Tong Bing Qiang, não querer ser fotografado junto a uma bandeira do Tibete e de os manifestantes lhe terem expressado também o desejo que não os fotografasse. Seguiu-se uma troca de argumentos com os direitos humanos e o Tibete em pano de fundo, que só acalmou com a presença da polícia.

Reconhecendo que «a China tem os seus problemas, tal como qualquer país», Tong Bing Qiang não deixou de criticar a acção dos manifestantes: «Não posso apoiar quem é contra a China. Quem não ama a pátria é traidor».

«Alertar consciências» também no Porto

Alexandra Correia, do Grupo de Apoio ao Tibete, que envergava uma t-shirt branca com algemas no lugar das argolas olímpicas, considera que «estes Jogos não vão deixar um legado positivo».

«Sabendo tudo o que sei e tudo o que está por trás dos Jogos, acabo por nem ter o mínimo interesse» pelo evento desportivo, afirmou, acrescentando que «os monges têm sido levados para campos de detenção em regiões remotas».

«Estamos aqui para alertar o mundo e as consciências», ouvia-se através do megafone, enquanto os cerca de 20 manifestantes que se juntaram frente à Embaixada chinesa empunhavam cartazes alusivos e gritavam frases de ordem como «Povo Tibetano, Libertação» e «Fim à tortura e à opressão».

O Grupo Tibete Livre-Porto também quis «relembrar de forma pacífica uma história de violação dos Direitos Humanos que subsiste há 43 anos» através de uma vigília. O Grupo esclareceu que «não está de alguma forma contra os Jogos Olímpicos, e muito menos contra o povo chinês, mas sim contra um governo que desde há muito tempo tem violado impunemente os direitos humanos quer no seu próprio país, quer no Tibete».
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