Pelo menos 38 pessoas morreram em Myanmar esta quarta-feira, confirmou a ONU, marcando o pior dia de violência desde o início dos protestos contra o regime militar.
As forças de segurança abriram fogo contra uma vasta multidão em várias cidades e acredita-se que pelo menos duas das vítimas sejam adolescentes.
Manifestações em massa estão a ocorrer em todo o país desde que os militares tomaram a posse do poder no dia 1 de fevereiro. Este escalada de violência ocorre um dia após os países vizinhos terem apelado à paz.
Christine Schraner Burgener, enviada da ONU a Myanmar, descreveu esta quarta-feira como o "dia mais sangrento" desde que o golpe ocorreu, sublinhando que as mortes bateram o recorde registado no domigo, altura em que 18 pessoas morreram e mais de 30 ficaram feridas durante as manifestações pacíficas pró-democracia.
O jornal italiano Repubblica coloca o número de mortos nas quatro dezenas, incluindo uma criança.
O golpe viu líderes eleitos do governo, incluindo Aung San Suu Kyi, serem derrubados e detidos. Os manifestantes pedem a libertação dos políticos e o fim do regime militar.