Sem que incidentes fossem registados, vários milhares de manifestantes independentistas concentraram-se este domingo em frente do quartel-general da polícia de Barcelona, na Via Laietana.
A maioria dos manifestantes já tinha participado num comício próximo à sede da delegação do governo na Catalunha e marchou de forma improvisada até aos jardins de Gracia. A partir daí, os protestantes decidiram descer o Paseo de Gracia e concentrarem-se na Via Laietana.
Mireu això. Les mares dels empresonats totes soles a la plaça de sant Jaume. pic.twitter.com/9Lvq4ZhRvM
— Joan Carreras 🎗 📖 (@janquim) October 20, 2019
Ao contrário do que aconteceu no sábado, esta tarde a Via Laietana não foi ocupada pelas forças de segurança no início e no final da rua. Dessa forma, os manifestantes puderam aproximar-se das imediações da sede da polícia e sentaram-se em protesto.
🔴🗝Avui, l'Alacant antifeixista ha pres els carrers. Avui, la dignitat i el poder popular han guanyat.
ALACANT ESTÀ AMB EL POBLE CATALÀ! #AlacantRespon pic.twitter.com/1KiAy1fD7C
— Arran l'Alacantí (@Arran_Alacanti) October 20, 2019
As manifestações durante o dia de domingo assumiram um caráter lúdico, com várias pessoas a dançarem e cantarem de forma pacífica.
Nas redes sociais, foi divulgado um vídeo do momento em que o chefe do governo catalão descobre que Sánchez não quer comunicar com ele. O vídeo tornou-se viral rapidamente.
El momento en el que comunican a Torra que en Moncloa no se ponen al teléfono. Parece un programa de humor pic.twitter.com/ccdIz6Sqn7
— Guillermo Rodríguez (@guirodi) October 20, 2019
O presidente do governo espanhol informou que está disposto a falar com Quim Torra, mas só quando o presidente da Catalunha condene a violência durante as manifestações na cidade de Barcelona, que começaram a 14 de outubro, data em que a sentença do processo foi conhecida.
A decisão foi comunicada pelo ministro do Interior interino, Fernando Grande-Marlaska, após a reunião realizada neste sábado, no Palácio de Moncloa, com o comité de monitorização da situação na Catalunha.
Após uma reunião que durou três horas e foi presidida por Pedro Sánchez e a vice-presidente em exercício, Carmen Clavo, o ministro compareceu perante os orgãos de comunicação social para deixar claro a Torra que o governo permitirá o diálogo, mediante duas condições.
A primeira é "que todas as forças políticas se livrem da violência". E a segunda, "que Torra e o seu governo condenem firme e enfaticamente, sem adjetivos e sem meias medidas, a violência".