A polícia de Hong Kong dispersou hoje com gás lacrimogéneo e canhões de água milhares de manifestantes pró-democracia que participavam numa nova marcha não autorizada, depois de quase cinco meses de protestos apesar de um novo aviso de Pequim.
Uma multidão de manifestantes, vestidos de negro e dos quais muitos tinham a cara tapada - o que é proibido pelas autoridades -, desfilou no bairro comercial de Causeway Bay e iniciou confrontos com a polícia antimotins, que os dispersou e fez múltiplas detenções.
A polícia lançou gás lacrimogéneo e canhões de água contra os manifestantes, que bloquearam ruas, construíram barricadas e vandalizaram lojas e partiram os vidros do escritório da agência de notícias chinesa Nova China.
Na véspera, a China lançou um novo aviso, advertindo que não toleraria "qualquer atividade" que divida o país ou ameace a segurança nacional.
Pequim quer "fortalecer a consciência nacional e o patriotismo" em Hong Kong "através da educação na história e na cultura chinesas".