Manifestações contra o racismo em várias cidades do Reino Unido - TVI

Manifestações contra o racismo em várias cidades do Reino Unido

Um grupo de manifestantes deitou-se na estrada que dá acesso ao aeroporto de Heathrow, em Londres, obrigando as autoridades a intervirem. O corte de estradas ocorreu, também, noutras cidades britânicas

Várias manifestações contra o aumento de atos racistas foram registadas esta sexta-feira no Reino Unido. O episódio onde os ânimos mais se exaltaram ocorreu perto do aeroporto de Heathrow, em Londres, quando alguns manifestantes se deitaram numa das estradas que dá acesso ao local.

O grupo “Black Lives Matter” quis relembra a morte de Mark Duggan, que há cinco anos foi baleado pela polícia em Tottenham, no norte de Londres.

O grupo de ativistas pediu, através das redes sociais, que os manifestantes se deitassem no chão como sinal de protesto. A maioria das pessoas respondeu ao apelo e muitos acabaram por ser detidos pela polícia.

Segundo o jornal The Telegraph, há registo de ruas cortadas em Londres, Birmingham, Manchester e Nottingham em memória “daqueles que morrem nas mãos da polícia” e para protestar “contra o aumentou dos casos de violência racista por partes dos agentes policiais, o reforço no controlo das fronteiras e desigualdades estruturais”. Os ativistas sublinharam, ainda, a grande indignação perante o “racismo diário nas ruas".

Fotografias publicadas no Twitter mostram os protestantes deitados numa das estradas que dá acesso ao aeroporto de Heathrow, segurando lençóis onde escreveram frases como: “Isto é uma crise”.

Segundo a polícia metropolitana do Reino Unido, foram detidos 10 indivíduos, por resistirem às ordens policiais junto do aeroporto. 

Em Nottingham e Londres, a polícia utilizou separadores para que os manifestantes não fossem vistos pelos automobilistas, numa tentativa de evitar distrações e consequentes acidentes.

Os protestantes acrescentaram, ainda, que pretendem sublinhar “as dificuldades que a comunidade negra atravessa no Reino Unido e acabar com o sexismo racial, a islamofobia, o classicismo, a homofobia e a transfobia”.

Estamos solidários com os familiares e amigos de todos os que morreram nas mãos do estado britânico. Entramos em ação porque não foi feita justiça em relação a várias entidades: a polícia, os tribunais e os legisladores”, acrescentou o grupo de ativistas.

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