Várias manifestações contra o aumento de atos racistas foram registadas esta sexta-feira no Reino Unido. O episódio onde os ânimos mais se exaltaram ocorreu perto do aeroporto de Heathrow, em Londres, quando alguns manifestantes se deitaram numa das estradas que dá acesso ao local.
O grupo “Black Lives Matter” quis relembra a morte de Mark Duggan, que há cinco anos foi baleado pela polícia em Tottenham, no norte de Londres.
O grupo de ativistas pediu, através das redes sociais, que os manifestantes se deitassem no chão como sinal de protesto. A maioria das pessoas respondeu ao apelo e muitos acabaram por ser detidos pela polícia.
Protesters for #blacklivesmatter bringing #nottingham city centre to a halt this morning #shutdownnotts pic.twitter.com/3SqTuQvYLG
— Nicky (@Lilsmirror) 5 de agosto de 2016
Segundo o jornal The Telegraph, há registo de ruas cortadas em Londres, Birmingham, Manchester e Nottingham em memória “daqueles que morrem nas mãos da polícia” e para protestar “contra o aumentou dos casos de violência racista por partes dos agentes policiais, o reforço no controlo das fronteiras e desigualdades estruturais”. Os ativistas sublinharam, ainda, a grande indignação perante o “racismo diário nas ruas".
Fotografias publicadas no Twitter mostram os protestantes deitados numa das estradas que dá acesso ao aeroporto de Heathrow, segurando lençóis onde escreveram frases como: “Isto é uma crise”.
Segundo a polícia metropolitana do Reino Unido, foram detidos 10 indivíduos, por resistirem às ordens policiais junto do aeroporto.
Ten people arrested at demonstration near #Heathrow https://t.co/VfIdC99bXf pic.twitter.com/8qeV7xn3W0
— Metropolitan Police (@metpoliceuk) 5 de agosto de 2016
Em Nottingham e Londres, a polícia utilizou separadores para que os manifestantes não fossem vistos pelos automobilistas, numa tentativa de evitar distrações e consequentes acidentes.
Full #Shutdown in London. Motorway closed. Police have made at least 4 arrests pic.twitter.com/QyA7COd46p
— #BlackLivesMatterUK (@ukblm) 5 de agosto de 2016
Os protestantes acrescentaram, ainda, que pretendem sublinhar “as dificuldades que a comunidade negra atravessa no Reino Unido e acabar com o sexismo racial, a islamofobia, o classicismo, a homofobia e a transfobia”.
Estamos solidários com os familiares e amigos de todos os que morreram nas mãos do estado britânico. Entramos em ação porque não foi feita justiça em relação a várias entidades: a polícia, os tribunais e os legisladores”, acrescentou o grupo de ativistas.