Os protestos regressaram a Hong Kong e a polícia já foi obrigada a usar gás lacrimogéneo - TVI

Os protestos regressaram a Hong Kong e a polícia já foi obrigada a usar gás lacrimogéneo

Trata-se da maior onda de protestos desde o início da pandemia de Covid-19

Em Hong Kong o clima é de grande tensão. Devidos aos protestos de ativistas pró-democracia a polícia já se viu obrigada a usar gás lacrimogéneo e gás pimenta contra centenas de manifestantes para que estes se dispersassem.

Criticaram a proposta da China, apresentada na sexta-feira, de promulgar uma lei de segurança nacional para proibir a "atividade separatista e subversiva", bem como a interferência estrangeira e o terrorismo no território, justificando que vai contra a estrutura de "um país, dois sistemas"

Consideram a lei um ataque à semi-autonomia do território e, por isso mesmo, invadiram ruas a gritar "independência de Hong Kong é a única saída" ou "lute pela liberdade, fique em Hong Kong"

Trata-se da maior onda de protestos desde o início da pandemia de Covid-19. 

Vestidos de preto, usaram garrafas de água e guarda-chuvas como arma de arremesso, mas também usaram máscaras. Ficou mesmo por cumprir a regra do distanciamento social.

Os protestos concentraram-se no centro de Causeway Bay, uma das principais regiões comerciais de Hong Kong.

Embora reforçada pelo triunfo da "pró-democracia" nas eleições locais de novembro, esta mobilização acalmou no início do ano devido às milhares de detenções realizadas pela polícia e, principalmente, pelas restrições ao direito de manifestação ordenado para combater o surto da Covid-19.

Último governador britânico de Hong Kong acusa a China de trair o território

O último governador britânico de Hong Kong disse que a China traiu o território, reforçando o controlo sobre a cidade que prometeu manter as liberdades.

O que estamos a ver é uma nova ditadura chinesa”, disse Chris Patten, numa entrevista ao The Times de Londres.

 

Acho que o povo de Hong Kong foi traído pela China, o que provou mais uma vez que não se pode confiar” na China, denunciou.

 

O que estamos a ver é uma destruição completa da Declaração Conjunta”, disse Chris Patten.

A transferência de Hong Kong para a República Popular da China, em 1997, decorreu sob o princípio "um país, dois sistemas". Tal como acontece com Macau, para aquela região administrativa especial da China foi acordado um período de 50 anos com elevado grau de autonomia, a nível executivo, legislativo e judiciário, com o Governo central chinês a ser responsável pelas relações externas e defesa.

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