Coronavírus: "O uso de máscaras não se justifica", diz OMS - TVI

Coronavírus: "O uso de máscaras não se justifica", diz OMS

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  • 26 fev 2020, 17:27

Diretora de Saúde Pública da Organização Mundial de Saúde, María Neira, diz que o facto de os produtos estarem esgotados se deve ao "medo e angústia das pessoas", situação que deve ser evitada

A diretora de Saúde Pública da Organização Mundial de Saúde (OMS), María Neira, considera que a corrida desenfreada às máscaras e aos desinfetantes nas farmácias por causa do novo coronavírus é "injustificada".

Em entrevista à rádio espanhola RAC-1, Neira diz que "o uso de máscaras não se justifica" fora dos hospitais e que o facto de os produtos estarem esgotados se deve ao "medo e angústia das pessoas", situação que deve ser evitada.

O uso de máscaras não se justifica, elas são para as equipas de saúde; em nenhum caso devem estar esgotados ou ser utilizados ​​irracionalmente", afirmou María Neira.

A diretora congratulou-se com o facto de os cidadãos lavarem mais as mãos, uma vez que esse ato "impede qualquer infecção respiratória e qualquer transmissão gastrointestinal", uma vez que o vírus circula em quantidades muito pequenas e que a maioria dos casos tem os mesmos sintomas de uma gripe.

"80% das pessoas que estão em contacto com o vírus não desenvolvem qualquer sintomatologia. Cerca de 15% terá uma sintomatologia leve a moderada. Entre 4% a 5% requer assistência clínica mais sofisticada".

O surto de Covid-19, que teve origem na China, já infetou mais de 80.000 pessoas em todo o mundo, segundo os números das autoridades de saúde dos cerca de 30 países afetados.

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A União Europeia já garantiu estar a trabalhar “em todas as frentes” para prevenir a propagação do coronavírus Covid-19 na Europa, insistindo sobretudo na necessidade de coordenação dos Estados-membros “em tempo real” para enfrentar um fenómeno que é “dinâmico”.

Numa altura em que já há pelo menos 381 casos na Europa e 12 casos mortais (11 dos quais em Itália), a Comissão Europeia sublinha que o Covid-19 é naturalmente “motivo de preocupação”, mas não de “pânico”, considerando que o fundamental é a União, no seu conjunto, estar “preparada” para um eventual aumento da epidemia, quer a nível de tratamento, quer de contenção do surto.

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