«A Espanha não é corrupta» - TVI

«A Espanha não é corrupta»

O primeiro-ministro de Espanha, Mariano Rajoy, tentou dissipar os danos deixados pela demissão da ministra da saúde, e aprovou duas leis anti-corrupção

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O primeiro-ministro de Espanha, Mariano Rajoy, aprovou, esta quinta-feira, duas leis anti-corrupção, um dia após a demissão da ministra da Saúde, acusada de estar envolvida num esquema, e quis assegurar ao parlamento e ao povo espanhol que a «Espanha não é corrupta».

Ainda que não esteja acusada de qualquer crime, a ministra da Saúde de Espanha, Ana Mato, demitiu-se esta quarta-feira poucas horas depois de um juiz a ter citado como «participante a título lucrativo» num caso de corrupção, designado por Gurtel, que envolve vários ex-dirigentes do Partido Popular (PP), entre eles o seu ex-marido.

Segundo a agência Reuters, Rajoy quis tranquilizar o parlamento e pediu aos espanhóis que tenham fé na honestidade dos seus políticos.

«Eu percebo a irritação e desconfiança dos nossos cidadãos, mas as suspeitas não devem ser equalizadas a todos. A maioria dos políticos são pessoas decentes. A Espanha não é corrupta», disse.

Nenhuma das leis é nova, ambas já tinha sido apresentadas no parlamento, mas o PP queria ganhar consenso com os outros partidos. Acabaram por ser aprovadas hoje, sem alterações, graças à maioria parlamentar do partido de Rajoy.

Um das leis incide sobre o financiamento dos partidos políticos, vai proibir que entidades legais e corporações façam doações aos partidos, a outra prevê melhorar a transparência e a prevenção de conflitos de interesse em elementos do governo.

No caso da primeira, os bancos ficam proibidos de cancelar dívidas dos partidos ou negociar com eles taxas de juro abaixo dos valores de mercado.

O líder da oposição, o socialista, Pedro Sanchez, criticou a posição de Rajoy, e afirmou que, depois do escândalo, o atual primeiro-ministro não está em condições para liderar a Espanha conta a corrupção.

«Não está em posição de regenerar a Espanha contra a corrupção. Não é capaz, nem legítimo para liderar», disse.
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