Cofundador do Facebook diz que é preciso desmantelar a rede social - TVI

Cofundador do Facebook diz que é preciso desmantelar a rede social

  • AG
  • 9 mai 2019, 17:46
Chris Hughes

Chris Hughes, um dos fundadores do Facebook que deixou a empresa em 2007, acusa Mark Zuckerberg de ter demasiado poder

Chris Hughes foi, em conjunto com Mark Zuckerberg e Dustin Moskovitz, um dos fundadores do Facebook, criado na universidade de Harvard em 2004. O norte-americano, que deixou a empresa em 2007, afirma que “é tempo de os reguladores desmantelarem o Facebook”, num artigo de opinião publicado esta quinta-feira no New York Times, em que se revela bastante crítico do rumo que o projeto que iniciou está a tomar.

O Mark é uma boa pessoa. Mas estou furioso que o seu foco no crescimento o tenha levado a sacrificar a segurança e o civismo por cliques”, disse Hughes sobre Zuckerberg

Agora com 35 anos, Hughes olha para trás e confessa-se “desapontado” consigo mesmo por não ter percebido a forma como o algoritmo de notícias do Facebook poderia influenciar e mudar a cultura e o rumo de eleições.

O empresário continua, atribuindo responsabilidades ao governo dos Estados Unidos, que “deveria criar uma agência para regular as empresas tecnológicas”.

Somos um país com uma tradição de monopólios, independentemente do quão bem intencionados os líderes destas empresas possam ser. O poder de Mark é sem precedentes e não americano", escreveu ainda Hughes.

O Facebook tem mais de dois mil milhões de utilizadores em todo o mundo e detém ainda as aplicações WhatsApp, Messenger e Instagram.

Depois da publicação do artigo, Chris Hughes escreveu  no Twiter que o Facebook se tornou “demasiado grande e demasiado poderoso”, acrescentando que “podemos resolver isto: dividam a empresa e regulem-na”.

Desde o escândalo da Cambridge Analytica, empresa que usou ilegalmente dados dos utilizadores do Facebook - e que foram cruciais para a campanha que havia de dar a vitória a Donald Trump nas presidenciais americanas - que a rede social tem sido alvo constante de personalidades e legisladores, que continuam a apelar a um reforço da privacidade dos utilizadores.

Uma das candidatas do partido democrata às presidenciais norte-americanas de 2020, Elizabeth Warren, já veio dizer que, se vencer as eleições, vai procurar dividir alguns dos mais proeminentes gigantes tecnológicos do país, incluindo o Facebook.

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