EUA confirmam primeiro caso de contaminação por MERS - TVI

EUA confirmam primeiro caso de contaminação por MERS

Saúde

Síndrome Respiratória do Médio Oriente surgiu na Arábia Saudita em 2012. O paciente é um profissional de saúde que trabalhou no país asiático

As autoridades norte-americanas de saúde confirmaram no sábado o primeiro caso de contaminação de um norte-americano pelo misterioso vírus da Síndrome Respiratória do Médio Oriente (MERS, na sigla em inglês). O homem adoeceu depois de voar na semana passada da Arábia Saudita para os Estados Unidos.

«O paciente está internado em condição estável no noroeste de Indiana», informaram as autoridades do Centro para Prevenção e Controle de Doenças (CDC), citadas pela Associated Press.

A diretora do Centro Nacional de Imunização e doenças respiratórias do CDC, Anne Schuchat, disse que o primeiro caso do vírus é motivo de «grande preocupação por causa de sua virulência». A médica sublinhou que o vírus se mostrou fatal em cerca de um terço dos casos de infeção.

Anne Schuchat acrescentou que o caso representa um risco muito baixo para o público em geral, mas que o MERS se pode espalhar pelos profissionais da saúde e não há tratamentos disponíveis para o vírus. A especialista referiu que o paciente infetado trabalha na área da saúde e prestou serviço na Arábia Saudita.

Semelhante ao vírus que provoca a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), o MERS foi detetado pela primeira vez na Arábia Saudita em 2012. O vírus contaminou funcionários da área de saúde em quatro instituições do país na última primavera. Pelo menos 400 pessoas foram contaminadas pela doença e mais de 100 delas morreram.

Apesar de a maioria dos casos de MERS se concentrar na Arábia Saudita e noutros países do Médio Oriente, a descoberta de casos esporádicos no Reino Unido, Grécia, França, Itália e Malásia tem gerado preocupação quanto ao potencial de disseminação global da doença. Era apenas uma questão de tempo para o vírus aparecer nos Estados Unidos, assim como aconteceu na Europa e na Ásia, referem especialistas, citados pela Reuters.
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