O repórter que já deu 14 "voltas ao mundo", mas que não sabia quem era Marcelo - TVI

O repórter que já deu 14 "voltas ao mundo", mas que não sabia quem era Marcelo

  • Sofia Santana
  • 21 set 2016, 11:48
Martin Weill

Apesar da curta carreira, Martin Weill já fez um pouco de tudo: esteve em zonas de guerra, cobriu os atentados de Paris, as primárias nos Estados Unidos.E até já esteve envolvido noutro vídeo que correu a Internet

Um repórter francês deu que falar esta terça-feira depois de ter entrevistado Marcelo Rebelo de Sousa sem saber que estava perante o chefe de Estado português. Falamos de Martin Weill, um jornalista de 29 anos do Canal +, que está a cobrir a Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque. O jovem é um rosto popular para os espetadores franceses. Já deu 14 voltas ao mundo em reportagem e até já esteve envolvido noutro vídeo que correu a Internet.

Apesar da curta carreira, Martin Weill já fez um pouco de tudo: esteve em zonas de guerra, cobriu os atentados na capital francesa e, agora, tem estado a cobrir as eleições presidenciais nos Estados Unidos.

Natural de Paris e licenciado pela Escola Superior de Jornalismo de Lille, Martin Weill fala quatro línguas: francês, inglês, espanhol e português.

Começou a carreira aos 26 anos no canal TF1, mas foi no Canal + que se fez notar, sobretudo quando começou a trabalhar no programa Le Petit Journal, onde esteve entre 2013 e 2016.

Neste programa, apresentado por Yann Barthes, Martin Weill foi correspondente no estrangeiro, fazendo reportagens de locais tão diferentes como o leste da Ucrânia, o Iraque, a Síria ou os Estados Unidos.

As suas peças foram elogiadas pelo estilo que conseguiu imprimir, doseando a distância de um olhar observador com a emoção que as histórias proporcionavam.

Em 2016, o repórter afirmou que já tinha percorrido 553.803 quilómetros, o equivalente a 14 voltas ao mundo.

Mas foi em novembro de 2015 que o trabalho de Weill ultrapassou fronteiras com os atentados que abalaram a capital francesa. Na altura, uma entrevista do jovem repórter tornou-se viral. No vídeo em causa, Weill pergunta a uma criança se percebe o que aconteceu e o rapaz, acompanhado pelo pai, fala nos “homens maus” que “têm armas”. E é aí que o progenitor conforta-o com uma frase que correu o mundo:  "Eles têm armas e nós temos flores”.

Yann Barthes deixou o Le Petit Journal para apresentar Quotidien e o jovem repórter seguiu-lhe as pisadas. 

Desde o início do ano que está nos Estados Unidos a acompanhar as eleições norte-americanas para o programa.

Na terça-feira, quando cobria a Assembleia-Geral da ONU, a entrevista a Marcelo Rebelo de Sousa não lhe correu da melhor forma. Mas Weill não pareceu embaraçado e até brincou com o sucedido: "Fica prometido que vou rever os meus chefes de Estado".


 

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