Médicos transplantam corações 'ressuscitados' em crianças pela primeira vez - TVI

Médicos transplantam corações 'ressuscitados' em crianças pela primeira vez

Doentes transplantadas, Anna, 16, e Freya, 14

Cirurgia é feita com recurso a uma máquina que reinicia corações depois de estes terem parado de bater. Técnica já salvou a vida a seis jovens britânicos e os transplantes aconteceram durante a pandemia

Uma equipa de médicos de um hospital do Reino Unido tornou-se a primeira no mundo a transplantar, com sucesso, um coração que tinha parado de bater numa criança. Até então, os cirurgiões usavam apenas corações de pacientes em morte cerebral - alguém cujo o coração ainda está a bater, mas é incapaz de sobreviver sem suporte artificial de vida - em transplantes.

Mas agora, o avanço da ciência está a trazer uma nova esperança à vida de muitos pacientes. Para as cirurgias em causa, os especialistas do Royal Papworth Hospital, no Reino Unido, recorreram a uma máquina inovadora que faz com que o coração comece a bater novamente, recriando as funções dentro do corpo humano.

Até ao momento, seis doentes, com idades entre os 12 e os 16 anos, já foram tratados com recurso a esta técnica. A primeira doente a ser submetida a uma cirurgia foi Anna Hadley, agora com 16 anos, que esperou quase dois anos por um transplante.

Agora posso jogar hóquei outra vez. Sinto-me bem outra vez. Não há nada que eu não possa fazer", disse a jovem ao Sunday Times.

Freya Heddington tem apenas 14 anos e também ela foi uma das primeiras a ser sujeita a um transplante destes.

Agora tenho mais resistência. Posso sair para fazer longas caminhadas e escalada e já não preciso de parar para respirar. Estou em êxtase por ter recebido um presente tão incrível, mas também é triste saber que alguém morreu", contou à BBC.

Freya, que vive Bristol, fez o transplante em Londres, depois de ter sido diagnosticada com cardiomiopatia restritiva. 

Sinto-me muito sortuda e abençoada por ter uma segunda hipótese na vida e por saber que tenho um futuro com os meus amigos com a minha família", afirmou.

A mãe de Freya, Kati, disse que a máquina "dá esperança a todos, dá esperança aos pais. Se nós recebemos uma chamada em oito semanas, isso poderá vir a acontecer com outras pessoas".

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