«Deus te livre de seres lésbica ou pessoa de cor nos Estados Unidos» - TVI

«Deus te livre de seres lésbica ou pessoa de cor nos Estados Unidos»

Estados Unidos goleia o México em futebol feminino

Megan Rapinoe num desabafo sobre as condições em que as jogadoras vivem

Há uns meses, as jogadoras de futebol norte-americanas fizeram um protesto, denunciando alegadas discrepâncias salariais entre o futebol masculino e o feminino.

Um dos nomes que estava presente nesse abaixo-assinado era o de Megan Rapinoe. A veterana jogadora de 31 anos, campeã do mundo pelos Estados Unidos, jurou recentemente não mais respeitar o momento do hastear da bandeira aquando dos jogos, pelo menos não da forma como é costume acontecer.

Em entrevista ao The Guardian, este sábado, Rapinoe disse que as discrepâncias entre homens e mulheres se mantêm e que o tema motiva até trocas de argumentos entre as pessoas, sobretudo após as eleições.

«O que mais me surpreendeu, especialmente depois das eleições, é que as pessoas ainda estão a insurgir-se contra isso. É realmente óbvio que temos uma desigualdade muito séria neste país, em muitos espectros Sim, podemos falar sobre o protesto, ou a forma como é feito, ou isto ou aquilo, mas esse não é verdadeiramente o tema da conversa que precisamos de ter neste país e desesperadamente. Percebo logo que as pessoas viram logo as orelhas quando ouvem falar disto», referiu.

Rapinoe admite que no contexto atual do país é difícil conseguir esse objetivo, mas considera que o tema tem de ser discutido de forma generalizada, para poder haver desenvolvimentos em relação às supostas desigualdades.

«Quanto mais aprendo sobre direitos dos gay e sobre a igualdade de direitos, de vencimentos, de igualdade de género ou racial, mais eles se intercetam. Não se pode realmente separá-los, estão todos interligados. Deus te livre de seres uma lésbica ou uma pessoa de cor neste país, caso contrário estarás mesmo tramada. Temos de falar de forma expansiva por todo o país sobre igualdade e respeito, no geral, especialmente depois da recente eleição e do discurso que vem da Casa Branca agora», explicou.

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