Jeffrey Epstein esteve no centro do divórcio entre Melinda e Bill Gates, que começou em 2019 - TVI

Jeffrey Epstein esteve no centro do divórcio entre Melinda e Bill Gates, que começou em 2019

Mulher do dono da Microsoft esteve quase dois anos a preparar cautelosamente a separação

No dia 3 de maio Bill e Melinda Gates anunciaram a separação, depois de 27 anos juntos. Agora, sabe-se que a mulher estava a preparar a separação desde outubro de 2019, altura em que terá contratado uma equipa de advogados peritos na matéria.

Por detrás da decisão, e segundo o Wall Street Journal, está a ligação entre o dono da Microsoft e Jeffrey Epstein, que tinha sido condenado por vários crimes sexuais, muitos deles cometidos contra menores.

Melinda French Gates, agora com 56 anos, reuniu então uma equipa de especialistas para começar a preparar o divórcio milionário, numa relação que classificou como "irremediavelmente desfeita", ainda que não tenha explicado porquê.

Mas a ligação entre Bill Gates e Jeffrey Epstein já vinha sendo desaprovada por Melinda desde 2013, sendo que a gota de água foi um artigo do New York Times, que detalhou encontros entre os dois empresários, incluindo uma noite na mansão que Epstein tinha em Nova Iorque.

O artigo detalhava a relação entre Jeffrey Epstein e aquele que era, à altura, o segundo homem mais rico do mundo, destacando que Epstein tinha relações privilegiadas com muitos dos homens mais poderosos do mundo, mas que a ligação a Bill Gates era especial, sendo que essa relação começou já depois de Epstein ter sido condenado pelos primeiros crimes sexuais. Em 2008 Jeffrey Epstein declarou-se culpado de ter procurado uma menor para prostituição, no estado da Florida. Acabou por ficar 13 meses em prisão domiciliária, tempo durante o qual realizou trabalho comunitário.

Mas esse caso seria apenas a ponta do véu, e mais tarde veio a descobrir-se a dimensão do escândalo sexual, que tinha como figura central um homem relativamente desconhecido, mas que tinha ligações com as pessoas mais poderosas dos Estados Unidos. A dimensão do caso acabou por torná-lo federal, num julgamento que nunca chegou a ter fim, porque Epstein acabou por se suicidar, em agosto de 2019.

Tal como o Wall Street Journal, também o Daily Beast reportou que Melinda Gates tinha avisado o marido sobre aquela relação. Diz aquele meio de comunicação que os constantes encontros entre Bill Gates e Jeffrey Epstein terão sido um "ponto sem retorno na relação".

Instado a comentar, Bill Gates reagiu a toda a polémica através de um representante, que remeteu para uma declaração oficial feita pelo dono da Microsoft em 2019, na qual reconhecia que tinha conhecido Jeffrey Epstein, mas dizia que não tinha "qualquer relação empresarial ou amizade com ele".

Não fui para o Novo México, para a Florida ou Palm Beach ou qualquer sítio desses. Havia gente em torno dele que dizia 'Se quiserem juntar dinheiro a pensar na saúde global e em ações de filantropia, ele conhece muitas pessoas ricas'", lê-se no mesmo comunicado, que foi enviado ao New York Times, no qual também diz que todas as reuniões que teve com Jeffrey Epstein foram com homens, alegando que nunca esteve em festas ou algo parecido.

Segundo o Wall Street Journal, a relação entre Bill Gates e Jeffrey Epstein terá começado em 2011, já vários anos depois de terem rebentado os primeiros escândalos sexuais ligados às casas da Florida.

Melinda preparou cautelosamente o divórcio com o dono da Microsoft, e agora pode vir a tornar-se a segunda mulher mais rica do mundo.

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