De boné e mochila, as câmaras de vigilância mostram o tunisino Anis Amri, de 24 anos, na plataforma da gare de Lyon-Part-Dieu, na passada quinta-feira. Três dias depois de ser procurado em todo o lado pela polícia alemã, por ser o principal suspeito de ter entrado com um camião num mercado de Natal, em Berlim.
Aparece sozinho nestas imagens", confidenciou uma fonte à agência noticiosa francesa AFP.
As imagens das câmaras de videovigilância mostram Anos Amri a comprar um bilhete para um comboio rápido para a cidade italiana de Milão, via Turim, com transbordo em Chambéry, a cerca de 100 quilómetros de Lyon. Pagou em dinheiro.
A avaliar pelos bilhetes que foram encontrados consigo, o tunisino suspeito terá passado mesmo em Chambéry, na mesma quinta-feira, em que o presidente francês François Hollande ali esteve na inauguração de um hospital, rodeado de apertadas medidas de segurança.
Na madrugada de sexta-feira, em Milão, a viagem do tunisino chegou ao fim. Interpelado pela polícia envolveu-se num tiroteio e foi abatido.
"Tour" com a cabeça a prémio
Após ter sido identificado pela polícia alemã como o principal suspeito, Anis Amri teve a cabeça a prémio: foi mesmo prometida uma recompensa de 100 mil euros para quem desse informações sobre o seu paradeiro.
O tunisino é o principal suspeito de ter assassinado um motorista polaco a quem roubou o camião, com o qual terá entrado a matar num mercado de Natal, em Berlim, na tarde da passada segunda-feira: fez doze vítimas mortais e dezenas de feridos.
As investigações, até ao momento, não conseguem apurar como entrou Anis Amri em França, agora que parece confirmado que estave em Lyon.
Após o atentado, o autointitulado Estado Islâmico fez saber através dos seus meios de propaganda que o tunisino era um dos seus. Divulgou mesmo um vídeo em que Anis Amri aparentemente promete a sua lealdade ao líder do Daesh, Abu Bakr al Baghdadi.