Estado Islâmico: "Provem que não fomos nós a abater o avião russo" - TVI

Estado Islâmico: "Provem que não fomos nós a abater o avião russo"

  • Élvio Carvalho
  • 4 nov 2015, 12:52

Fação do grupo terrorista no Egito volta a reivindicar abate da aeronave da Metrojet. “Provem que não fomos nós, e como caiu”, diz uma mensagem divulgada no Twitter

A fação do Estado Islâmico na península do Sinai publicou, esta quarta-feira, uma mensagem de voz na rede social Twitter, onde volta a reivindicar a responsabilidade pela queda do avião russo da Metrojet, que se despenhou na península egípcia no sábado.

Horas após o acidente, o grupo terrorista reclamou a autoria do “ataque”, mas a falta de armamento bélico capaz de abater um avião a partir do solo, levou a CIA, a Rússia e o Egito a descartar quase por completo a possibilidade, e a considerar que o EI estava a aproveitar-se da situação.

Segundo o The Independent, agora, a nova mensagem de voz diz que o grupo vai revelar o método usado para abater o avião numa altura oportuna, mas “brevemente”, destacando que não são “obrigados” a fazê-lo. A voz, que se pensa pertencer a Abu Osama al-Masri – que já fez outras declarações em nome do grupo no passado -, desafia, ainda, as autoridades russas e egípcias a “provar” que não foi o grupo o responsável pela queda do aparelho, através da análise das caixas negras e dos destroços.

“Fomos nós, por isso morram na vossa raiva. Não somos obrigados a revelar como [destruímos o avião]. Levem os destroços e as as caixas negras e analisem-nas. Depois revelem os dados da vossa investigação. Provem que não fomos nós, e como caiu. Vamos revelar como abatemos [o avião] numa altura à nossa escolha”.


A mesma voz relembra que o avião foi abatido no dia em que se cumpria o primeiro aniversário da afiliação do grupo egípcio ao Estado Islâmico, e ao seu líder Abu Bakr al-Baghadadi.

O avião da MetroJet, que tinha como destino São Petersburgo, caiu a sul da cidade egípcia de Al-Arish, capital da província do Norte Sinai, pouco depois de levantar voo de Sharm el-Sheik, com 224 pessoas a bordo, na maioria russos, que regressavam a casa depois das férias.
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