Um linchamento popular terá sido evitado por pouco, pela polícia da cidade de Tlaxiaco, no estado de Oaxaca, a cerca de 400 quilómetros a sul da capital cidade do México, quando o presumível autor dos tiros contra o presidente da câmara foi apanhado pela multidão.
Alejandro Aparicio, que tinha sido empossado no cargo hora e meia antes, no passado 1 de janeiro, morreu baleado, quando passeava pela cidade. Pelo menos, dois outros correlegionários foram também atingidos.
A Procuradoria mexicana já confirmou a detenção do provável responsável pelo homicídio de Aparicio, membro do Movimento Regeneração Nacional (Morena), força política do presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador.
O atentado foi, de imediato, condenado pelo partido Morena, que exige uma cabal investigação sobre as razões do homicídio.
Lamentamos profundamente el fallecimiento de nuestro compañero y amigo Alejandro Aparicio Santiago, Presidente Municipal de la Heroica Ciudad de Tlaxiaco. Exigimos a las autoridades que actúen y castiguen a los responsables.
Nuestras condolencias a sus familiares y amigos. pic.twitter.com/mo1b9HbJV4
— Morena_Oaxaca (@CEEMorenaOaxaca) 1 de janeiro de 2019
Já esta quarta-feira, a força política deu conta da morte de outro militante seu, Perfecto Hernández Gutiérrez, igualmente alvejado no dia 1, quando o empossado presidente da câmara foi abatido.
Lamentamos el fallecimiento de nuestro compañero Perfecto Hernández Gutiérrez, Síndico Municipal de Tlaxiaco, tras el atentado en donde también perdió la vida el edil Alejandro Aparicio Santiago.
— Morena_Oaxaca (@CEEMorenaOaxaca) 2 de janeiro de 2019
Exigimos justicia y condenamos rotundamente estos actos de violencia en Oaxaca. pic.twitter.com/YzUuI7xzUy
Com estes homicídios, há pelo menos 43 políticos eleitos e 24 elementos das suas famílias que foram assassinados desde o dia das eleições presidenciais e federais realizadas a 1 de julho do ano passado.
De acordo com o jornal mexicano El Financiero, o processo eleitoral de 2017-2018 foi o mais violento da história recente do país, com um saldo final de 152 políticos mortos, dos quais 48 eram pré-candidatos e candidatos a cargos eletivos.