A presidente da câmara da Cidade do México, Claudia Sheinbaum, anunciou este domingo que a estátua do navegador Cristóvão Colombo vai ser substituída pela de uma mulher indígena.
O anúncio foi feito no Dia Internacional da Mulher Indígena, que se celebra a 5 de setembro.
Claudia Sheinbaum considera que a relocalização da estátua não tem como objetivo "apagar a história", mas sim fazer "justiça social" ao papel da mulher indígena no México.
Devemos-lhes isso e existimos por causa delas. São a história do nosso país e da nossa pátria", expressou a autarca num discurso.
É claro que reconhecemos o papel de Cristóvão Colombo, mas existem duas visões: a visão europeia da descoberta da América, que não tem em conta que já lá existiam civilizações, e a de quem está deste lado, que viu um europeu chegar à América", salientou.
A estátua de bronze de Colombo esteve em destaque na rotunda do Paseo de la Reforma, uma das principais avenidas da capital, desde finais do século XIX.
Em outubro de 2020, a estátua do navegador foi retirada do local para evitar que os manifestantes a vandalizassem.
A estátua já tinha sido danificada em 1992, na data em que se celebrava o 500.º aniversário da chegada de Colombo às Américas.
Em 2020, vários manifestantes mobilizados pela morte do afro-americano George Floyd exigiram a retirada de estátuas de Cristóvão Colombo, nos Estados Unidos, por o considerarem responsável pelo genocídio e exploração dos povos nativos nas Américas.
Este ano, também a estátua do navegador português Pedro Álvares Cabral foi vandalizada e incendiada no Rio de Janeiro, no Brasil, durante um protesto.